A Seleção Brasileira enfrenta a Bélgica nesta sexta-feira (6), na Arena Kazan, de olho em uma vaga nas semifinais da Copa 2018.
As duas seleções passaram em primeiro lugar na fase de grupos. A Bélgica, que venceu o Japão na última segunda-feira, 2/7, esteve no caminho do Brasil durante a campanha do penta, em 2002. Na ocasião, a equipe comandada por Felipão venceu por 2 a 0, nas oitavas de final. O jogo aconteceu no dia 17 de junho de 2002. Os gols do Brasil saíram no segundo tempo. O primeiro do Rivaldo e o segundo do Ronaldo Fenômeno.
Embora o retrospecto em Copas favoreça a Seleção, do outro lado estará um carrasco. Thierry Henry, ex-atacante da França que marcou o gol da eliminação brasileira no Mundial de 2006, é auxiliar técnico da Bélgica.
Quem vencer a partida desta sexta enfrentará França ou Uruguai na próxima fase, em São Petersburgo. A outra semifinal será definida entre Rússia, Croácia, Suécia e Inglaterra.
Artilharia pesada
A Bélgica chega às semifinais com o melhor ataque da competição: 12 gols em quatro partidas. Só o centroavante Romelu Lukaku, do Machester United, já balançou as redes quatro vezes. Assim como Lukaku, os principais nomes da Seleção Belga atuam em clubes ingleses. O goleiro Courtois e o habilidoso meia Hazard jogam no Chelsea, e o zagueiro Kompany atua no Manchester City.
O próprio treinador, o espanhol Roberto Martinez, tem história na Primeira Divisão da Inglaterra. Ele fez sucesso como comandante do Everton, e agora tem a missão de tornar a badalada "geração belga" protagonista em uma competição internacional.
Na Copa de 2014, eles conseguiram o melhor resultado da história: chegaram entre os oito e foram eliminados nas quartas de final, pela Argentina. Na Eurocopa, dois anos depois, a eliminação foi contra País de Gales, na mesma fase.
O fantasma de um novo vexame rondou a equipe europeia no último domingo. O Japão vencia o jogo por 2 a 0 até os 24 minutos do segundo tempo, mas houve fôlego e qualidade para uma reação improvável.
Vencer o Brasil nesta sexta-feira (6) significa, para o técnico e os jogadores, uma mudança de patamar. Afinal, até agora, esta geração prometeu muito mais do que entregou.
Desfalques
A Seleção Brasileira desembarcou Kazan na manhã desta quinta-feira (5) e foi recebida por cerca de 300 torcedores. Marcelo, Douglas Costa e Danilo voltam a ser opções para o técnico Tite. O lateral do Real Madrid sofreu uma contração nos músculos que sustentam a coluna e saiu aos nove minutos do jogo contra a Sérvia, pela última rodada da fase de grupos. Ele foi substituído por Filipe Luís e ficou de fora do jogo contra o México, mas deve retomar a titularidade contra a Bélgica.
O atacante Douglas Costa também está recuperado da lesão no músculo posterior da coxa direita. O jogador da Juventus fez uma boa atuação quando entrou no lugar de Willian, no jogo contra a Costa Rica. Com a lesão, sentida horas depois da partida, Willian foi mantido como titular. Contra o México, o atacante do Chelsea deu assistência para o gol de Neymar e foi um dos melhores em campo. Por isso, a tendência é que Douglas Costa volte ao banco de reservas e entre durante a partida.
Danilo era o lateral-direito titular da Seleção, mas sofreu uma lesão no quadril logo no começo da fase de grupos. Fora dos jogos contra a Costa Rica, Sérvia e México, volta ao banco como reserva de Fagner.
A única baixa é a suspensão de Casemiro, punido com o segundo cartão amarelo no último jogo. O volante Fernandinho, do Manchester City, deve ganhar a vaga.
O capitão será o zagueiro Miranda. Desde que assumiu a Seleção, Tite tem alternado a braçadeira de capitão entre os jogadores. Miranda é o que mais vezes esteve no posto: cinco vezes.
O jogaço entre Brasil e Bélgica começa às 15h, no horário de Brasília.
FICHA TÉCNICA: Brasil x Bélgica
Local: Arena Kazan (Rússia)
Data e horário: Sexta-feira, 6 de junho, às 15 horas (de Brasília)
BRASIL: Alisson; Fagner, Miranda, Thiago Silva e Marcelo (Filipe Luís); Fernandinho, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus.
BÉLGICA: Courtois; Anderweireld, Company e Vertonghen; Meiner, De Bruyne, Witsel e Carrasco; Mertens, Hazard e Lukaku.
Edição: Juca Guimarães