Pelo menos 89 pessoas morreram e 120 ficaram feridas após um atentado suicida cometido nesta sexta-feira (13) durante um comício eleitoral em Mastung, no sudeste do Paquistão.
Segundo informações concedidas por um porta-voz da polícia local à Agência Efe, a explosão aconteceu enquanto Siraj Raisani, um político do Partido Nacionalista Awami (ANP), finalizava seu discurso em um mercado próximo de Darengarh.
Raisani, um dos candidatos à eleição provincial que ocorre no dia 25 de julho “sucumbiu aos ferimentos quando era transferido para um hospital em Quetta”, informou o ministro do Interior da província de Baluchistão, Agha Umar
Este é o segundo atentado cometido nesta sexta-feira visando um comício eleitoral no Paquistão. Mais cedo, uma bomba escondida em uma motocicleta foi detonada perto de Bannu, no nordeste do país. A explosão, segundo as autoridades, tinha como objetivo atingir Akram Khan Durrani, representante de uma coalizão de partidos religiosos, o MMA. Quatro pessoas morreram durante o ataque e ao menos 40 ficaram feridas.
Autoria
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado cometido em Mastung. Em um comunicado difundido pela agência “Amaq”, ligada ao EI, a organização afirma ter realizado “um atentado suicida com explosivos durante um comício eleitoral (...) na região de Darengarh, no distrito de Mastung, na província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão”.
O país realizará eleições gerais e provinciais em 25 de julho, onde é esperada a participação de cerca de 105 milhões de cidadãos, segundo dados da Comissão Eleitoral do País.
Segundo o vice-diretor para a Ásia do Sul da Anistia Internacional, Omar Waraich. “As autoridades do Paquistão têm o dever de proteger o direito de todos os paquistaneses durante o período eleitoral: sua segurança física e sua capacidade de expressar livremente suas opiniões políticas, independentemente de qual partido eles pertençam”.
Por conta do aumento da violência, o Exército paquistanês afirmou que pretende aumentar o contingente de soldados nas ruas para garantir a segurança durante o pleito.
Edição: Opera Mundi