O jambu é uma planta muito comum de ser encontrada no norte do Brasil, principalmente no estado do Pará. Além da cachaça de jambu, famosa pelo efeito de adormecer a boca, o uso da erva na gastronomia paraense é bem amplo. Vanessa Vieira Lourenço Costa, professora da faculdade de nutrição da Universidade Federal do Pará, conta que o jambu é parecido com a folha de couve e tem vários benefícios para a saúde.
A característica mais marcante do jambu é a dormência que causa na mucosa da boca, o que dá um toque especial nos pratos preparados com esse ingrediente. Para obter o efeito com mais intensidade, a nutricionista orienta utilizar algumas flores da planta na hora do preparo dos alimentos. É nelas que se encontra a maior quantidade do componente químico responsável pelo formigamento.
Conhecido também como agrião da amazônia, a erva pode ser utilizada em tortas, patês, bolos e carnes, além de pratos típicos paraenses como, por exemplo, o Pato no Tucupi e o Tacacá. “Apesar de algumas pessoas ingerirem ela crua, sempre na nossa região a gente ingere ela cozida, inclusive cozida no tucupi, que é o líquido extraído da mandioca”, conta Vanessa Costa.
Em relação aos benefícios para a saúde, a especialista destaque a grande quantidade de fibras presentes na planta, fazendo dela uma boa opção para quem sofre de diabetes. "Colocar o jambu misturado na comida aumenta o consumo de fibra naquela refeição, o que vai retardar a absorção de carboidrato daquela refeição e é muito positivo para pacientes diabéticos”, revela a professora de nutrição.
Quem sofre de osteoporose também pode se beneficiar do consumo das folhas de jambu, que tem um tom verde escuro, uma característica de vegetais ricos em cálcio. Além disso, a planta também possui ação antioxidante, que ajuda na prevenção do envelhecimento das células e também contra danos no DNA.
Edição: Michele Carvalho