O programa Revista Brasil de Fato entrevistou, nesta sexta-feira (17), Maria Cazé, dirigente do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), que está na equipe de apoio aos sete militantes em greve de fome desde 31 de julho, em Brasília.
O jejum dos sete militantes que já dura 17 dias tem como objetivo pressionar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a votarem as ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs), que questionam a prisão após condenação em segunda instância.
Cazé comentou com preocupação o estado de saúde de Rafaela Alves, Jaime Amorim, Vilmar Pacífico, Zonália Santos, Frei Sérgio Görgen, Luiz Gonzaga Silva (Gegê) e Leonardo Nunes Soares.
“Após esse período, há uma situação bastante comprometedora, que coloca a vida dos militantes em situação iminente de risco. Em conversa com a equipe médica, agora começa a aparecer alguns problemas que até então não tinham sido observados”, relatou.
A dirigente comentou sobre a comoção causada na audiência de Frei Sérgio com a presidente do STF, Cármen Lúcia. “E a avaliação que se tem é de que caiu a ficha da ministra Cármen Lúcia sobre o que realmente está em jogo e que isso depende dela. Está na mão dela”.
Emocionada, a agricultora falou que a rede de solidariedade tem sido um grande suporte para os grevistas. “Isso é uma característica do povo brasileiro, a solidariedade, a humanidade. É justamente por esse sentimento bom, que a gente batalha e luta tanto”.
Maria Cazé espera que o Supremo tenha “compromisso" e "sensibilidade”.
Ouça a íntegra da entrevista:
Edição: Cecília Figueiredo