A candidatura de Alckmin é a representante maior da continuidade de Temer.
Escrevo esta coluna no exato momento em que a candidatura de Lula está sendo registrada no TSE. Lula na presidência e Haddad na vice. Mas não foi um simples e protocolar registro. Trata-se, na realidade, de mais uma dura batalha com as quais temos nos acostumado nos últimos meses.
Do lado de lá, uma grande aliança já anunciada por Romero Jucá há um tempo atrás, “um grande acordo nacional. Com o Supremo, com tudo”. E o que buscam? Inviabilizar a qualquer custo a candidatura do líder máximo em todas as pesquisas eleitorais: o presidente Lula. Do lado de cá, estamos o povo.
Mas para além da prisão injusta de Lula e do que tentarão construir para inviabilizar a sua candidatura, esta perseguição aparece também de outras formas. Uma delas é impedir que a candidatura tenha assento nos debates. Já aconteceu com o primeiro. Mas não há nada que impeça que, não havendo a permissão para a participação de Lula, o PT pudesse indicar um representante. E nada mais justo que fosse a presença de Fernando Haddad, vice candidato legitimamente registrado e completamente capaz de representar todos os sentimentos e anseios presentes na candidatura de Lula. Porém, tudo isso segue fazendo parte do roteiro do golpe.
Do lado de lá, a candidatura de Alckmin é a representante maior da continuidade de Temer. Eles dirão que não. Até criaram uma candidatura de mentira. A de Henrique Meirelles para tentar colar neste o rótulo de governista. Mas eles mesmo sabem que a candidatura de Meirelles não é para valer. A candidatura que de fato aglutina grande parte da base de apoio do governo atual é a candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB. E é ela que precisa ser combatida com todas as forças.
Apesar de todo o apoio popular do nosso lado, precisamos ter clareza que o lado de lá reuniu condições que ainda o colocam em situação de vantagem. Não é pouca coisa toda a estrutura que os mantém, principalmente com a grande mídia e parte importante do judiciário. Mas nos resta sempre a capacidade de resistir e buscar aglutinar forças. Mais do que nunca precisamos encontrar os pontos que nos fortalecem. Não sabemos bem como serão os próximos dias e todas as artimanhas que prepararão para nos derrubar. Mas juntos seguiremos mais fortes. Como diz o slogan de campanha de Lula, sigamos juntos na busca por um Brasil feliz de novo.
Edição: Monyse Ravenna