Leidiano Farias, historiador da Consulta Popular, explica como interpretar os resultados das pesquisas eleitorais
Com a proximidade das eleições, as pesquisas eleitorais tomam conta dos jornais. Elas são um parâmetro da corrida eleitoral, mas tem metodologias e resultados diferentes. Um exemplo são as pesquisas de intenção de voto aos candidatos à presidência: enquanto Datafolha, Estadão/Ipsos e CNT/MDA apontam Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como líder, uma pesquisa realizada pelo Poder 360 chegou a desconsiderar Lula como candidato.
A jovem Luiza quer saber como acompanhar as pesquisas de intenção de voto. Quem responde é Leidiano Faria, da Consulta Popular, no quadro "Fala Aí".
“Sou Luiza, tenho 20 anos. Quero saber como acompanhar as pesquisas de intenções de voto, já que cada uma tem um resultado diferente?”
“Luiza, meu nome é Leidiano Farias, sou historiador e militante da Consulta Popular. De fato sua pergunta é muito pertinente, cada Instituto de Pesquisa tem uma metodologia diferente e isso reflete no resultado. A pesquisa eleitoral é uma fotografia do momento, é uma captura do momento eleitoral que não reflete com fidelidade, com total rigor, as tendências do processo eleitoral. Por isso, o mais indicado é comparar as pesquisas dos institutos para ver as diferenças percentuais e poder ter clareza da evolução do percentual de cada candidato. As pesquisas não conseguem refletir questões qualitativas do processo eleitoral”.
Edição: Júlia Rohden