Foi divulgado nesta quinta-feira (20) o resultado da mais nova pesquisa de intenção de voto para a eleição presidencial, feita pelo Datafolha. Com um nível de confiança de 95% e com uma margem de erro de 2 pontos percentuais, os pesquisadores ouviram, nesta terça (18) e quarta (19), 8.601 eleitores.
A evolução dos candidatos, em relação à última pesquisa (feita entre em 13 e 14 de setembro) foi a seguinte:
- Jair Bolsonaro (PSL), mesmo internado, foi de 26% para 28%;
- Fernando Haddad (PT) manteve o índice de crescimento e segue recebendo a transferência de votos de Lula, saltando de 13% para 16%;
- Ciro Gomes (PDT) manteve os 13% percentuais e está tecnicamente empatado com Fernando Haddad;
- Geraldo Alckmin (PSDB), que oscila desde o começo da campanha nas pesquisas do Datafolha entre 9 e 10%, voltou aos 9% se comparado à última enquete;
- Marina Silva (Rede) segue em queda livre e desceu de 8% para 7% - em 20 de agosto, ela tinha 16%;
- João Amoêdo (Novo) e Álvaro Dias (Podemos) estão com 3%; Henrique Meirelles (MDB), 2%, Vera (PSTU) e Guilherme Boulos (PSOL) estão 1%;
- Cabo Daciolo (Patriotas), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram.
Rejeição
O capitão reformado do Exército, Jair Bolsonaro, segue liderando o índice de rejeição - quando os entrevistadores perguntam em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum, com 43%, seguido por Marina Silva (32%), Fernando Haddad (29%), Alckmin (24%) e Ciro (22%). Todos os demais candidatos flutuam entre 15 e 19% de rejeição.
Segundo turno
Caso haja um segundo turno, confirmando o atual viés apresentado pelas pesquisas, os eleitores foram instados a escolherem entre candidatos em diversos cenários. Atualmente, Bolsonaro venceria Marina (42% contra 41%) e empataria com Haddad (ambos com 41%). Ciro venceria Bolsonaro por 6 pontos percentuais, Haddad por 11 e Alckmin por 7. Alckmin e Bolsonaro estariam tecnicamente empatados, porém o tucano leva ligeira vantagem (40% a 39%).
Mulheres pobres: indecisas e longe de Bolsonaro
O candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro tem tido mais dificuldade de ganhar o voto das mulheres - principalmente das mais pobres. Nessa pesquisa, apenas 14% das mulheres que ganham até 2 salários mínimos votariam no candidato contra 32% das que ganham mais de 5 salários mínimos. Homens na faixa salarial mais baixa escolhem o ex-capitão em 26% dos casos, em oposição aos 46% dos que ganham acima R$ 4770.
Porém, as mulheres que ganham até R$ 1908 são a enorme maioria dos votos brancos, nulos e indecisos, com 25%. Homens nessa faixa salarial que declaram não saber em quem votar ou que vão anular são 10%. Entre os mais ricos, 16% dos homens e 7% das mulheres ainda se mostram indecisos ou dizem que irão votar em branco ou anular.
Edição: Juca Guimarães