Entre 2007 e 2017, as matrículas nos cursos de graduação à distância aumentaram mais de 4 vezes, no Brasil, enquanto o crescimento no ensino presencial cresceu menos da metade, no mesmo período.
É o que mostra o Censo da Educação Superior divulgado nesta quinta-feira, pelo INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
O levantamento aponta que, no ano passado, as matrículas à distância registraram crescimento de 17 por cento em relação ao ano anterior. Mas no ensino presencial, caíram pelo segundo ano seguido.
Por modalidade, as matrículas em Licenciatura- curso superior para a formação de professores – correspondem a 19% do total de oito milhões de matriculados em 2017.
Para o ministro da Educação, Rossieli Soares, o ensino à distância para a formação de professores é importante para o acesso ao ensino superior.
O censo mostra, ainda, que mais de 46 por cento dos estudantes de licenciatura estavam matriculados em cursos à distância. E as mulheres são as que mais cursam o ensino superior e as que mais concluem também.
Em 2017 foram oferecidos mais de 35 mil cursos de graduação e mais de dez milhões de vagas, entre novas e remanescentes, aquelas que sobram após a desistência de alunos. Segundo o ministro, as vagas ociosas precisam ser aproveitadas e, para isso, o MEC pretende abrir o Sisu Transferência, no ano que vem.
O levantamento mostrou que entre todos os estudantes de ensino superior, no ano passado, 75 por cento frequentavam instituições particulares e 46 por cento deles tinham bolsa ou algum financiamento estudantil.
O número daqueles que entraram pelo ProUniI aumentou nos últimos anos, enquanto os financiados pelo Fies caiu desde 2015.
Artigo original publicado em Radioagência Nacional.