Alguns meios de comunicação são tão preponderantes que atuam como um partido
Dentista e professora da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP), Ana Estela Haddead trabalhou nos ministérios da Educação e da Saúde durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foi ainda coordenadora do programa São Paulo Carinhosa, criado em 2013 pela gestão de Fernando Haddad (PT) à frente da prefeitura de São Paulo, com o objetivo de articular, coordenar, divulgar e ampliar as ações realizadas no município para a promoção do desenvolvimento da primeira infância.
Mãe de dois filhos, é casada há recém-completados 30 anos com Haddad, candidato a presidente da República pelo Partido dos Trabalhadores.
Nesta quinta-feira (27), ela foi a convidada especial do programa No Jardim da Política, da Rádio Brasil de Fato e falou sobre o papel da mulher na política contemporânea.
“É muito importante que haja ações indutoras para ampliar a participação das mulheres, das mulheres negras, dos negros, dos indígenas, de toda a diversidade. Política tem que ser o espaço de representação da sociedade e os diferentes grupos e minorias precisam se ver. A gente ainda precisa ampliar a voz e a presença das mulheres na política, na cultura, em todos os espaços”, defendeu.
Ao tratar da mídia e da necessidade de democratizá-la, Ana Estela criticou a atuação política dos meios de comunicação, que usam do alcance que têm para manipular a opinião pública. “Muitas vezes, alguns meios de comunicação são tão preponderantes, que acabam atuando como um partido político, mas sem as regras às quais os partidos políticos estão submetidos. (…) a gente precisa democratizar o acesso aos meios e isso é uma prioridade. A gente precisa ter diversidade na mídia”, concluiu.
Ana Estela destacou ainda a importância do cuidado com a primeira infância e os impactos dos programas sociais dos governos do PT para redução da pobreza, da mortalidade infantil e da desigualdade no país.
Também participou do programa a atriz e militante política Bete Mendes, que contou passagens da sua militância política e fez um chamado às mulheres do Brasil a se somarem nas mobilizações programadas para o sábado (29) contra o fascismo.
Edição: Diego Sartorato