Sem energia há mais de dois anos, 69 famílias da cidade de Triunfo, Paraíba, conheceram a luta organizada através do Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), neste dia 27. Cansados de tanto descaso, essas famílias pedem auxílio da prefeitura da cidade e exigem o acesso à agua e a energia elétrica.
“A situação dessas famílias é extremamente precária, eles estão vivendo sem energia, sem água e ainda passa uma fedentina em frente das casas desses moradores todos os dias, devido a um matadouro próximo à área”, explicou Zefinha do MTD, que está acompanhando a situação vivida por essas famílias.
Devido a tremenda escuridão que enfrentam, crianças, mulheres, idosas estão se queimando constantemente porque não enxergam direito e acabam se acidentando nas lamparinas improvisadas com gasolina para iluminar o local.
“A história dessas famílias passa pela extrema necessidade de ter acesso à moradia digna, existia no local onde eles moram 39 casas abandonadas, fazia 6 anos, que estavam sendo construídas e ficaram inacabadas, então eles ocuparam. A prefeitura então doou um terreno perto dessas casas, onde foram construídas mais 30 delas, só que os moradores não possuem nada que comprovem essa doação”, disse Zefinha.
Essa ocupação fica próxima ao Quilombo dos 40, em Triunfo. Ela está localizada no bairro São José e ontem as famílias ocupantes denominaram o local como Ocupação Maria da Silva Cândido, em homenagem a uma moradora que morreu há 6 meses queimada pela gasolina da lamparina que usava para espantar a escuridão da noite.
Diante desta situação, os moradores foram até a casa do Prefeito, Zé Mangueira, com cartazes e apitos, para protestar e pedir de uma vez por todas que esta situação se resolva. O resultado foi que ele se comprometeu a apresentar os documentos necessários, como a declaração de doação do terreno da prefeitura para os moradores, assim como o projeto de alinhamento das ruas, que são os impeditivos, segundo os moradores, para que a Energisa, concessionária de energia elétrica na Paraíba, faça a ligação da energia nas casas.
Agora, os moradores aguardam essas papeladas para que finalmente possam ter o mínimo que qualquer cidadã e cidadão, que vive nas áreas urbanas das cidades tem, acesso à eletricidade.
Edição: Paula Adissi