Disputa acirrada

Antipetismo é construção midiática, diz Wadih Damous

Advogado comentou projeções do PT para o primeiro turno das eleições

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Wadih Damous fala à militância da Vigília Lula Livre, em Curitiba
Wadih Damous fala à militância da Vigília Lula Livre, em Curitiba - Foto: Joka Madruga/APT

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) esteve em Curitiba nesta quarta-feira (3), e afirmou que o Partido dos Trabalhadores "não se deixará intimidar" pelos resultados das mais recentes pesquisas de intenção de votos, que apontam acirramento da disputa contra Jair Bolsonaro (PSL) pela Presidência da República. 

Damous faz parte da equipe de advogados de Luiz Inácio Lula da Silva e, antes de falar à imprensa, visitou o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está mantido preso há 180 dias. 

“O PT é um partido experiente em campanhas eleitorais. Não é a primeira vez que pesquisas apontam um determinado caminho e quando esse caminho não é favorável, isso é revertido durante o processo eleitoral, nas ruas”, disse o deputado.

Segundo Damous, a principal preocupação do PT e do ex-presidente Lula, neste momento, é garantir que Fernando Haddad vá ao segundo turno. A partir disso, uma nova estratégia de campanha será formulada, com o propósito de garantir Haddad como presidente da República.  

“Às vezes se faz amplas alianças, outras vezes se reduz as alianças. Isso vai ser definido após ficar claro o segundo turno com a nossa presença, e aí a direção do PT vai saber como agir em relação a outros partidos e candidatos que não passaram para o segundo turno”, explicou.

Na última pesquisa Ibope, divulgada nesta quarta-feira (3), o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, chegou a 32% das intenções de voto, enquanto Haddad pontuou 23%. O índice de rejeição do candidato da extrema-direita continua sendo o maior: 42%. Já Haddad conta com 37% nesse quesito. 

Antipetismo

Damous afirmou ainda que o PT não subestimou o antipetismo nestas eleições e que esse não é um fenômeno massificado pelo Brasil, mas sim fabricado por órgãos de imprensa e do sistema judiciário. 

Ele disse também que o ódio ao PT está vinculado aos avanços sociais proporcionados às classes populares brasileiras e não aos erros cometidos pelo partido durante seus governos. 

“Todos cometemos erros, mas não são esses erros o fator decisivo para o antipetismo, o fator decisivo são as políticas sociais, é voltar a governar para os pobres, é recolocar os pobres no orçamento, essa é a razão fundamental do antipetismo”, disse Damous.

Recado para a militância

Após falar à imprensa, o deputado falou às pessoas presentes na Vigília Lula Livre. Ele deixou o recado enviado pelo ex-presidente Lula para que a militância não se deixe “atemorizar nem deprimir por conta de pesquisas” e vá às ruas fazer campanha nestes últimos dias antes do primeiro turno das eleições. 

“O jogo da militância, o jogo do PT sempre foi nas ruas, não debatendo pesquisa. Nosso papel é ganhar a eleição. Vamos ganhar as eleições com a garra e a combatividade que sempre caracterizou nossa militância”, falou Damous.

Edição: Diego Sartorato