O que está em jogo é o futuro do nosso povo e dos interesses nacionais
Temos vivido semanas difíceis. Talvez, mais do que poderíamos esperar nesta eleição onde a luta de classes se escancarou de forma tão explícita. Possivelmente é a mais acirrada desde a redemocratização. E, pela primeira vez neste período, não tem o PSDB como um dos protagonistas no debate de projetos para o país.
A ausência dos tucanos no centro do debate não significa, por óbvio, a ausência da direita. Pelo contrário, ela está presente através de Bolsonaro em sua forma extremada, bem mais radical. O candidato do PSL consegue reunir numa só candidatura elementos de autoritarismo, ódio e um programa ultraliberal, encabeçado pelo Paulo Guedes, economista de sua equipe.
E, dentre as candidaturas, destacam-se com programas mais populares as de Fernando Haddad, pelo PT, e de Ciro Gomes, pelo PDT. A candidatura petista chegou e rapidamente subiu nas pesquisas, aparecendo já em poucos dias no segundo lugar das pesquisas. E, nestes dias, não foram poucos os debates sobre qual candidatura seria a melhor para enfrentar o Jair no 2º turno. Porém parece consolidado o cenário de batalha entre Fernando Haddad e Bolsonaro a partir do dia 7 de outubro.
Neste momento, amigos e amigas, precisaremos de uma grande unidade para derrotar o fascismo representado por Bolsonaro e sua turma. E dois são os motivos que já justificam este esforço: o primeiro deles é a garantia das liberdades democráticas em nosso país e, em segundo lugar, a defesa de muitos dos direitos da classe trabalhadora que os partidos que sustentam a candidatura de Bolsonaro não possuem o menor apreço.
Defender o voto em Haddad não representa o aval pleno a todos os governos petistas e isso também precisa ficar muito claro. Assim, como também temos o dever de não cair nesta conversa de marketing político que coloca as candidaturas de Haddad e Bolsonaro como extremos políticos. Esta é uma falsa informação. Bolsonaro está certamente na extrema-direita, mas Haddad está longe de ser uma candidatura extremista.
Nesta batalha de tiro curto, cada voto será importante. Espalhar a verdade e combater a mentira de todas as formas possíveis. O que está em jogo é o futuro do nosso povo e dos interesses nacionais. Os mesmos que me fazem lembrar que, se vivo estivesse, o saudoso Leonel Brizola, um dos fundadores do PDT, certamente saberia de que lado ele estaria neste momento. Na luta pela verdade, pelo povo, por um Brasil Feliz de Novo.
Edição: Catarina de Angola