Desconhecidos por grande parte dos brasileiros, frutos são ricos em Vitamina A, B e Ômega 3
Não é grande o número de pessoas que, aqui em São Paulo, sabem o que é o Buriti ou a Tucumã.
Encontrar alguém que saiba manusear esses dois alimentos, então, é ainda mais difícil.
Mas, em alguns estados brasileiros, essas duas frutas possuem ações diversas no dia-dia da população, compondo a base alimentar e aumentando a diversidade de produtos dispostos à mesa.
O desconhecimento sobre o que se produz faz com que outras regiões do país, como a Sudeste, permaneça alheia às outras formas de alimentação.
Outro ponto importante é a influência da gastronomia estrangeira, a exemplo da italiana e japonesa.
Tainá Marajoara, dona do Restaurante Iaci Tatá e propagadora da cultura alimentar brasileira, afirma que esse desconhecimento gera uma insegurança alimentar.
“Esse desconhecimento sobre o que é produzido em nossas matas nativas e a desconsideração do conhecimento tradicional como ciência alimentar, faz com que a gente tenha uma insegurança, que é reflexo da perda dessa sabedoria tradicional”, afirma.
O Buriti tem cerca de dois centímetros e com atuação variada. O fruto pode ser consumido ao natural, com farinha, ou usado para fazer doces, geleias, sorvetes e vinhos.
Além disso, um óleo presente na polpa do buriti apresenta características de aroma e sabor, sendo utilizado com frequência na indústria farmacêutica.
Segundo Tainá Marajoara, “o Buriti é um fruto que pode ser aproveitado em todas as suas partes. Ele é um dos frutos que mais possui betacaroteno e vitamina A. Ele é uma palmeira típica da região amazônica, que tem cachos rendosos. Onde há buriti, significa que a água está boa para consumo”, revela.
Já o Tucumã possui vitaminas A, B1 e C em grande quantidade, além de ser rica em Ômega 3 e possuir um antioxidante responsável por prevenir o envelhecimento precoce e fortalecer o sistema imunológico.
“O Tucumã chega a ter 90 vezes mais em vitamina A do que o abacate, por exemplo. Ele supre a necessidade diária de um adulto e 3 vezes a necessidade de uma criança cada frutinha do Tucumã. São 30 gramas de fruto, mas com um poder imenso”, finaliza Tainá Marajoara.
Além do Buriti e da Tucumã, outras centenas de frutas e plantas seguem marginalizadas na culinária brasileira, sobretudo nas regiões urbanas.
Então a dica é: saia da zona de conforto e procure saber mais sobre os alimentos nativos e originados do Brasil. Tem muita coisa boa escondida por aí.
Edição: Julia Rhoden