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ELN anuncia trégua e pede a governo da Colômbia que retome negociações de paz

Diálogos estão suspensos desde que, em 1º de agosto, terminou em Havana o sexto ciclo de negociações com o governo

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As atividades militares estarão suspensas de 23 de dezembro de 2018 a 3 de janeiro de 2019, durante as festividades
As atividades militares estarão suspensas de 23 de dezembro de 2018 a 3 de janeiro de 2019, durante as festividades - Brasil de Fato

A guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciou nesta segunda-feira (17) uma trégua de Natal de 12 dias, que começará no próximo dia 23, um domingo. Ao mesmo tempo, a organização pediu ao governo da Colômbia que retome as negociações de paz em Cuba.

“Atendendo ao pedido das comunidades nos territórios (…), no Exército de Libertação Nacional realizaremos um cessar das operações ofensivas de 23 de dezembro de 2018 a 3 de janeiro de 2019, para levar um clima de tranquilidade no Natal e no Ano Novo”, disse o Comando Central (Coce) por meio de um comunicado

O ELN disse, no mesmo texto, que quer dar continuidade às negociações de paz iniciadas em fevereiro de 2017, pedindo ao presidente do país, Iván Duque, que envie delegados a Cuba, onde os representantes do grupo aguardam para retomar as conversas.

Os diálogos estão suspensos desde que, em 1º de agosto, terminou na capital cubana o sexto ciclo de negociações com o governo do então presidente Juan Manuel Santos.

“Presidente Duque, abandonar os caminhos e esforços de diálogo e paz agrava a crise da Colômbia, porque terminaria destruindo o que resta dos acordos com as FARC [Força Alternativa Revolucionária do Comum] e desconhece o processo de solução política com o ELN”, afirmou o grupo.

Durante 2017, quando as negociações se realizavam em Quito, no Equador, o governo e o ELN acordaram um cessar-fogo bilateral de 101 dias, vigente entre 1º de outubro de 2017 e 9 de janeiro de 2018, como primeiro passo para avançar a um acordo de paz. O grupo diz que “segue comprometido com a busca de uma solução política do conflito” e que não sairá da mesa de negociações em Havana.

O ELN, diz o texto, seguirá “trabalhando pela continuidade do processo de negociações de acordo com a agenda estabelecida, com a participação da sociedade e o acompanhamento da comunidade internacional, buscando acordos humanitários e um novo cessar-fogo bilateral”.

Edição: teleSUR | Tradução: Opera Mundi