Pergunta do quadro "Fala Aí" é respondida pelo psicólogo e educador, Vicente Góes
O ano de 2018 expôs as divergências políticas existentes entre pessoas muito próximas, como familiares e amigos. As relações foram questionadas por conta do cenário político eleitoral que polarizou a população brasileira e acarretou imensuráveis debates nas redes sociais sobre o relacionamento familiar durante as eleições.
A disseminação do pensamento fascista neste período, às vezes em forma de meme ou piada, alavancou o discurso de ódio elaborado em casa e reproduzido em reuniões de família.
Depois das eleições, a dificuldade de se relacionar com a família é uma preocupação na época de fim de ano, em que muitas festas são feitas para as comemorações de natal e ano novo.
O Brasil de Fato foi às ruas e conversou com a recepcionista Lucia Dias, 23 anos, que quis saber como passar as festas de fim de ano sem atrito com a família por conta da política.
O Psicólogo formado pela PUC-SP, e pesquisador do núcleo de formação integrada da FGV, Vicente Góes, 32 afirma que os conflitos familiares são comuns e que em momentos de tensão como este deve-se analisar os afetos e as relações familiares durante os momentos da confraternização.
“Toda família tem conflito, tem afetos difíceis de expor e nomear em conjunto. Em um momento de crise social, isso se potencializa, e muitas diferenças familiares são potencializadas. Uma direção possível é começar a observar na sua família o que os conflitos estão dizendo desses afetos. Não tocar no assunto nem sempre é o melhor, porque alguns conflitos devem ser tratados e vir à tona. Talvez a questão seja a situação em que isso se dá....”.
Edição: Guilherme Henrique