A campanha busca incentivar a população a substituir nas ceias natalina e de ano-novo, bem como nas tradicionais cestas de alimentos que são compartilhadas nesse período, os produtos industriais por alimentos produzidos através da agroecologia, sem a utilização de insumos químicos ou agrotóxicos.
“A terceira edição do Natal sem veneno é um ato de solidariedade, esperança e amor, afinal, ninguém quer presentear ou comer com alimentos envenenados”, reflete Bruno Pilon, dirigente do MPA. Sabendo que o povo brasileiro é quem mais consome veneno através da alimentação no mundo, o movimento está consciente do tamanho do desafio que se coloca à frente.
Segundo o Frei Wilson Zanata, pesquisador de ervas medicinais e entusiasta da alimentação orgânica, a campanha Natal sem veneno é uma importante iniciativa nesta data em que as famílias reúnem-se a mesa para celebrar a vida, a presença viva de Jesus entre nós, afirmando os valores de solidariedade, de partilha e de compaixão. Para o religioso franciscano, o mercado manipula o sentido do Natal, utilizando a data apenas como um motivo para produzir mais lucro, custe o que custar, sem se importar com a saúde das pessoas ou com o que elas sentem. Neste sentido, lembra que “a opção em contrariar esse sistema que prega o lucro pelo lucro é um ato verdadeiramente revolucionário, assim como o são os valores compartilhados a partir da vinda do Nazareno”.
Interessados em aderir à campanha podem procurar os dirigentes dos movimentos camponeses em sua região ou mesmo fazer a opção direta de visitar as feiras e produtores em suas comunidades para adquirir os alimentos para seu final de ano.
Onde encontrar produtos agroecológicos para sua cesta no RS
Porto Alegre: Na loja da Reforma Agrária, no Mercado Público, de segunda à sexta, das 8h às 19h e aos sábados das 8h às 17h.
Interior: Há feiras em praticamente todas as cidades, a exemplo do Feirão Colonial de Santa Maria, que acontece todos os sábados, das 7h às 12h no Centro de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. Informe-se quando e onde acontece na sua e prestigie a produção agroecológica.
Este conteúdo foi originalmente publicado na versão impressa (Edição 8) do Brasil de Fato RS. Confira a edição completa.