Um menino guatemalteco de oitos anos morreu sob custódia do Departamento de Aduanas e Proteção Fronteiriça dos Estados Unidos, informaram autoridades nesta terça-feira (25). É a segunda criança migrante vinda da Guatemala que morre nas mãos do órgão estadunidense de fronteira no mês de dezembro.
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Segundo um porta-voz do órgão, a criança morreu durante a madrugada e já mostrava “sintomas de uma doença em potencial” quando foi levada a um hospital em Alamogordo, no estado do Novo México. Após a consulta, os médicos constataram gripe e febre alta. O governo não divulgou a identidade do pai e da criança.
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De acordo a imprensa local, a causa da morte não foi determinada. As autoridades que mantinham o menino e seu pai detidos comunicaram o caso ao inspetor geral do Departamento de Segurança Interna dos EUA e ao governo guatemalteco, do presidente Jimmy Morales.
Segundo caso em dezembro
No início do mês, Jakelin Caal, de sete anos, também guatemalteca, morreu enquanto estava detida por autoridades norte-americanas. Segundo o departamento, a menina morreu desidratada e estava em "estado de choque" quando foi encontrada.
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O Ministério de Relações Exteriores informou que a criança estava há vários dias sem comer e beber - alegação desmentida pelo pai - e que sofreu uma convulsão horas após ser detida. Ela foi levada a um hospital da região, mas não resistiu.
As duas crianças faziam parte da caravana de migrantes centro-americanos que saíram de Honduras, Guatemala e El Salvador em direção aos Estados Unidos em busca de melhores condições de vida.
Após o aumento do número de integrantes no grupo migrante, o que gerou críticas por parte do presidente estadunidense Donald Trump, muitos foram impedidos de continuar o percurso além do México, que faz fronteira direta com os EUA. Os participantes da caravana fogem da pobreza, fome e violência que enfrentam em seus países.
Edição: Opera Mundi