Em pronunciamento transmitido pelas emissoras de televisão norte-americanas na noite desta terça-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou para o Congresso norte-americano aprovar a construção do muro na fronteira com o México.
O mandatário exige que o Legislativo libere um orçamento de mais de US$ 5 bilhões para o projeto. No início do ano, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, agora sob domínio do Partido Democrata, desafiou Trump e aprovou uma Lei Orçamentária para 2019 sem a verba requisitada pelo governo.
O montante é uma exigência de Trump para interromper a paralisia (o chamado “shutdown") parcial do governo, em vigor desde 22 de dezembro por causa da falta de acordo entre a Casa Branca e o Congresso sobre o financiamento da administração federal para 2019.
Em seu discurso, Trump defendeu a construção do muro como uma "questão humanitária" e de segurança na fronteira sul. Os democratas afirmam que o presidente norte-americano mantém os Estados Unidos como "reféns".
Cerca de 800 mil servidores federais nos Estados Unidos foram dispensados das atividades ou trabalham sem receber os salários, impactos da paralisia colocada em vigor pelo governo Trump.
De acordo com o presidente, é "imoral" para "políticos não fazer nada" em relação aos dados que apresentou. Líderes democratas insistiram para que Trump esqueça a questão do muro por enquanto e faça o governo voltar a funcionar.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, do Partido Democrata, disse que Trump deve deixar de manter o país como "refém" com a paralisação parcial do governo. Nancy Pelosi e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, enfatizaram que apoiam medidas de segurança mais intensas nas fronteiras, mas não a construção do muro, considerado por eles "caro e ineficaz".
"O símbolo da América deveria ser a Estátua da Liberdade, não uma parede de 30 pés", disse Schumer. Ele disse que Trump usa o Salão Oval, numa alusão à Casa Branca, para "fabricar uma crise".
Edição: Opera Mundi