Transporte

Em São Paulo, 15 mil participam de ato contra aumento da tarifa

Manifestantes pedem revogação do aumento da passagem de ônibus, que subiu de R$ 4,00 para R$ 4,30 na capital paulista

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Em clima festivo e cantando palavras de ordem, manifestantes fizeram ato pacífico
Em clima festivo e cantando palavras de ordem, manifestantes fizeram ato pacífico - José Eduardo Bernardes / Brasil de Fato

Cerca 15 mil pessoas, segundo o Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo, participaram do primeiro ato contra o aumento da tarifa do transporte público na capital paulista nesta quinta-feira (10). 

Na cidade, a passagem de ônibus e o bilhete de metrô subiram de R$ 4,00 para R$ 4,30 desde segunda-feira (7). O aumento de 7,5% está acima da inflação, que fechou em 3,59% em 2018. O reajuste do aumento da tarifa ocorre no mesmo contexto em que o salário mínimo, ajustado em R$ 998,00, foi anunciado com valor menor que os R$ 1.066,00 previstos no orçamento. 

Em clima festivo e cantando palavras de ordem, os manifestantes se concentraram na Praça Ramos de Azevedo e saíram por volta das 18h30 em direção à Praça do Patriarca. O ato caminhava direção à Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, onde deveria ser encerrado. Devido a um bloqueio policial, o protesto teve que terminar na Rua da Consolação.

Foto: José Eduardo Bernardes

Em contrapartida, a Polícia Militar acompanhou todo o trajeto e estreou um “grupo de mediadores” de três agentes que usavam coletes azuis. O objetivo, segundo a corporação, era evitar danos ao patrimônio e garantir o direito à manifestação. 

A manifestação seguia sem nenhum incidente, até que houve um registro de explosão de bomba na avenida São Luís com a Praça da República, por volta das 20h. O ato seguiu pacificamente.

O protesto reuniu jovens como a estudante Rosana Becker. Ela mora em Taboão da Serra-SP e protestou contra os cortes de linhas na região. “O serviço oferecido à população não vale este aumento”, pontuou a estudante. 

Francisco, militante do MPL de São Paulo, declarou: "O prefeito Bruno Covas, junto com o governador João Doria, estão passando por cima de qualquer senso de política pública e de preocupação com a população".

"Não vamos aceitar mais catracas, porque o transporte não pode ser lucro para os de cima e luta para os de baixo", finalizaram em jogral os manifestantes.

O MPL marcou uma segunda manifestação para o dia 16 de janeiro. A concentração está prevista para às 16h na Praça do Ciclista.

* Com informações de Juca Guimarães

Edição: Daniel Giovanaz