O uso da água do rio Paraopeba, contaminado após o rompimento da barragem Mina do Feijão em Brumadinho (MG), deixou de ser recomendado nesta quinta-feira (31) pelo governo de Minas Gerais.
Em nota, as Secretarias de Estado de Saúde (SES-MG), de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informaram que a água do rio "apresenta riscos à saúde humana e animal" e que "não indicam a utilização da água bruta do rio Paraopeba para qualquer finalidade".
A SES-MG recomendou ainda às equipes de bombeiros que estão trabalhando na busca e resgate na área utilizarem "todos os equipamentos de segurança".
:: Minuto a minuto: acompanhe a cobertura do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) ::
Segundo a nota, para garantir o abastecimento de água às populações locais, o governo de Minas Gerais determinou que a Vale forneça água potável para as comunidades atingidas. O monitoramento inicial realizado pelo governo indica que a contaminação do rio afeta a população de um total de 20 municípios.
O texto aconselha as pessoas que apresentaram sintomas de doenças a procurarem ajuda médica: "Qualquer pessoa que tenha tido contato com a água bruta do Rio Paraopeba – após a chegada da pluma de rejeitos – ou ingerido alimentos que também tiveram esse contato, e apresentar náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tonteira, ou outros sintomas, deve procurar a unidade de saúde mais próxima e informar sobre esse contato".
O Paraopeba é um dos principais afluentes do rio São Francisco. A nascente está localizada ao sul do município de Cristiano Otoni e a foz, na represa de Três Marias, no município de Felixlândia, ambos em Minas Gerais. A extensão do rio é de 510 km, e sua bacia abrange 13 643 km² em 35 municípios.
Edição: Mauro Ramos