O governo da Venezuela rechaçou nessa segunda-feira (18), por meio de comunicado da chancelaria, as ameaças militares feitas pelo presidente norte-americano Donald Trump ao país. Trump pediu aos militares venezuelanos que deixassem de apoiar o governo de Nicolás Maduro, sob, segundo ele, “risco de perder tudo”.
Após as declarações, a Venezuela exigiu que os Estados Unidos cessassem “imediatamente” todas as “medidas coercitivas unilaterais aplicadas” contra Caracas, que classificou os atos de Washington como “um ilegal e criminoso bloqueio” contra o povo venezuelano.
Os Estados Unidos e outros países apoiam o oposicionista Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente interino. Maduro, por sua vez, é apoiado por China e Rússia.
::: O que está acontecendo na Venezuela? :::
A chancelaria venezuelana afirmou que a “agenda golpista” dos EUA sofreu “evidente fracasso”. “Donald Trump pretende agora ditar ordens diretas aos militares venezuelanos para desconhecer a Constituição, demonstrando sua pouca compreensão do espírito de lealdade da Força Armada Bolivariana da Venezuela, forjado no legado de luta de Simón Bolívar e seu valente Exército Libertador, que, há mais de 200 anos, venceu o império mais poderoso que então existia e decidiu, para sempre, não se dobrar ante nenhum poder estrangeiro”, diz o texto.
Caracas diz que as ameaças estadunidenses também são extensivas aos povos de Cuba e da Nicarágua, os quais são, de acordo com o governo Maduro, “países irmãos aos quais a Venezuela faz chegar suas palavras de solidariedade e estende seu abraço solidário”.
“A Venezuela exige o cessar imediato de todas as medidas coercitivas unilaterais aplicadas contra si, que configuram um ilegal e criminoso bloqueio contra o povo venezuelano, ao mesmo tempo em que denuncia ante à comunidade internacional que qualquer perturbação da paz na Venezuela será responsabilidade do governo supremacista dos Estados Unidos e seu presidente”, conclui a nota.
Edição: Opera Mundi