Venezuela

Dois militares venezuelanos invadem ponte Bolívar com blindados: "Traidores"

Freddy Bernal, representante do governo nacional de Nicolás Maduro, disse que as mulheres feridas estão hospitalizadas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Governo da Venezuela denunciou agressão organizada por oposição e governo da Colômbia
Governo da Venezuela denunciou agressão organizada por oposição e governo da Colômbia - Fania Rodrigues

*Com informações de Fania Rodrigues

Militares liderados pelo deputado da Assembleia Nacional da Venezuela, José Manuel Olivares e dois integrantes da Guarda Nacional Bolivariana invadiram a ponte internacional Simón Bolívar com dois carros blindados e atropelaram uma policial e uma jornalista chilena na manhã deste sábado (23). As duas mulheres foram levadas ao hospital, e o quadro de saúde é estável. Para Freddy Bernal, representante do governo nacional de Nicolás Maduro, os três são "traidores da pátria".

"O que eles queriam demonstrar? Que dois tanques Venezuelanos haviam atacado as forças policiais colombianas. Esse foi o 'falso positivo' (quando um dos lados do conflito comete ataques para culpar o outro) que lhe pediu Donald Trump. Esse foi o falso positivo que Trump pagou ao traídor de Guaidó. Graças a valentia da Guarda Nacional esse falso positivo fracassou", afirmou Freddy Bernal.

A oposição não se pronunciou sobre o caso. No entanto, opositores se concentra nesse momento do lado colombiano da ponte Simón Bolívar, que separa os dois países. 

:: O que está acontecendo na Venezuela? ::

"Eles violaram a ordem de Maduro, para prevenir agressões. Lamentavelmente, os dois traidores, dirigindo veículos da Guarda Nacional Venezuelana, cruzaram a ponte. Queremos denunciar ao mundo: [o autoproclamado presidente Juan] Guaidó está sedento de sangue, por ordem de Donald Trump [presidente dos Estados Unidos]", disse.

O governo da Venezuela confirmou na última sexta (22) o fechamento temporário da fronteira com a Colômbia, após ameaças de intervenção militar e uma entrada forçada de "ajuda humanitária" – que, para os aliados do presidente Nicolás Maduro, são um "cavalo de Troia" para desestabilização do governo. 

Reação

Horas depois do ataque, cerca de 1,5 mil civis venezuelanos ocuparam a ponte Simón Bolívar para impedir novas agressões:

(Foto: Fania Rodrigues)

Do lado oposto, opositores de Maduro fizeram o mesmo, em menor número, para tentar permitir a entrada de suposta ajuda humanitária:

(Foto: Fania Rodrigues)

Nos outros dois pontos de passagem migratória na fronteira, a situação é de normalidade, segundo o governo venezuelano. 

No centro de Ureña, povoado vizinho a ponte Tienditas, foram registrados distúrbios, segundo informações dos corpos de segurança do Estsdo venezuelano. 

Edição: Daniel Giovanaz