Meu povo desse País
Escutem essa história
Vou declamar pra você
De uma batalha inglória
A Briga do Rei da mentira
Que dispara a sua ira
De forma persecutória
Contra o povo que trabalha
Vai pra lida logo cedo
O camponês e o operário
Para o tranco não tem medo
Mas também, quer descansar.
No fim da vida, repousar
Com direitos e sem segredo
Após o rei da mentira
Quer engabelar todo mundo
Dizendo que a previdência
Está num posso sem fundo
E que se não sacrificar
A tendência é piorar
Vai lascar, tu, eu e Raimundo!
Diz que o déficit é grande
Que é preciso ajeitar
Se não daqui pra frente
Ninguém vai ser aposentar
A previdência vai falir
O dinheiro vai sumir
Por isso, é preciso renovar!
Uma Nova Previdência
Para o bem dessa Nação
Que vai ser uma coisa boa
Pra toda população
Que vai modernizar
Tudo capetalizar
Sendo essa a solução
Um sacrificiozinho
Pra todo mundo enfrentar
Capetalizando tudo
Todo mundo vai ganhar
Você junta seu dinheiro
Entregando ao banqueiro
Pra depois se aposentar!
Mas quando eu vejo isso
Fico logo desconfiado
Se fosse bom de verdade
Todo mundo tava enfiado
Dos ministros, ao general
Numa vontade igual
De ver tudo melhorar
Mas por que os generais
Os juizes e os ministros
Tiraram o deles da reta
Desse negocio sinistro
Empurrando tudo pra nós
Sem dó e com aveloz
Fica aqui esse registro
Uma conversa bonita
Daqueles fela putista
Oh encenação da peste
Que mais parece uns artista
E nesse palavreado
Quer nos deixar encantado
Nordeste, norte e sulista.
Mas meu amigo meu povo
Não caia nessa conversa
É coisa de Lúcifer
E a pisadinha é essa
Pro mode então nos ferrar
E nós não se aposentar
O mentiroso tem pressa.
Ela é superavitária
Essa nossa previdência
Os banqueiros e o mentiroso
São cegos da consciência
Pra tirar nosso direito
Meu povo só tem um jeito
É perder a paciência.
Eles querem incentivar
A capetalização
Previdência social
Fazer desvinculação
Pra previdência privada
Desse jeito camarada
Ninguém se aposenta não.
É mentiroso esse cabra
Querendo ludibriar
Dizendo que o tal rombo
Alguém precisa tapar
E a conta bota pro povo
Assim eu digo de novo
Ninguém vai se aposentar
Por que é que ele não cobra
A divida dos bancos e empresa
Que devem muitos milhões
Disso eu tenho certeza
As empresas estão devendo
Mas não pagam, fico vendo.
É uma grande safadeza!
A quem já é aposentado
Também vai prejudicar
Pois vão separar do salário
Na hora de reajustar
O resultado é assim
Quando o salário subir
O aposento fica onde tá
E aquele que é jovem
Por favor, presta atenção
Nunca vai se aposentar
Se liga ai meu irmão
Pois para aposentar
Tu vai ter que trabalhar
Quarenta anos diretão
Éhhhhh
Quarenta anos direto
Tu vai ter que trabalhar
Capetalizando o banco
Se quiser se aposentar
E daqui quarenta anos,
Se algo furar nos planos,
O banco vai reembolsar?
Meu povo, só tem jeito
Vamos tudo se unir
Pois a força do povo junto
Faz a maldade ruir
Todo mundo pelejando
O inimigo derrotando
Pra gente poder sorrir!
Somente o povo na rua
Unido na resistência
Que despertara em todos
Verdadeira consciência
Pra termos seguridade
Viver bem de verdade
E uma justa previdência.
*Marcos Freitas - Servidor, Enfermeiro e Poeta e João Muniz - Agricultor, Pedagogo e Poeta
Edição: Heloisa de Sousa