AMÉRICA LATINA

Cúpula militar do Uruguai é demitida por omissão sobre assassinato durante ditadura

Foram demitidos o ministro da Defesa, o subsecretário da pasta, o chefe do Exército, além de dois generais

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Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, destituiu a cúpula militar do país
Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, destituiu a cúpula militar do país - Wikicommons

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, destituiu nessa segunda-feira (1) a cúpula militar do país, acusada de omissão após um ex-militar confessar que atirou corpos no rio Negro durante a ditadura militar uruguaia (1973-1985) e, mesmo assim, não ser levado à Justiça.

Foram demitidos o ministro da Defesa, Jorge Menéndez, o subsecretário da pasta, Daniel Montiel, e o chefe do Exército, José González, além de outros dois generais.

Segundo o jornal El País, o comandante do Exército é acusado de omissão após ouvir as confissões do militar José Gavazzo, perante o Tribunal de Honra Militar, sobre o assassinato do militante Roberto Gomensoro, que é considerado o primeiro ativista desaparecido da ditadura em 1973.

Já González também foi destituído porque era encarregado das atas, enquanto que os generais Alfredo Erramún e Gustavo Fajardo eram componentes do Tribunal de Honra. 

Ainda de acordo com a publicação, as demissões ocorreram após o jornal El Observador revelar que as atas do tribunal incluíam a confissão do ex-militar.

*Com informações da ANSA.

Edição: Opera Mundi