São 100 dias, sem nada para a Saúde. É impressionante como a área da saúde, uma das que mais preocupa a população, conforme todas as pesquisas indicam, não teve nada do governo Bolsonaro!
Quando a gente pega as metas dos cem primeiros dias, a única meta que dizia respeito à saúde era a de intensificar a campanha de vacinação, e o que tivemos nesses cem dias foi o Brasil perdendo o certificado internacional de território livre de sarampo. Tivemos também a destruição do Programa Mais Médicos e hoje temos cerca de 15 milhões de brasileiros antes atendidos por esses profissionais, hoje não os têm mais na unidade básica de saúde.
O discurso, a intolerância do governo Bolsonaro não leva médico e médica para ninguém.
É muito grave o que está acontecendo com o Farmácia Popular, são cerca de 7 milhões de brasileiros a menos acessando o programa; é muito grave como isso repercute na saúde dos municípios e dos estados.
Não à toa, a cidade de São Paulo está enfrentando hoje a destruição do SAMU. O prefeito de São Paulo [Bruno Covas] transformando algumas ambulâncias em 12 horas, fechando bases, ou seja, isso vai fazer com que o atendimento demore ainda mais para chegar até a população. Está ameaçando com a possibilidade de terceirização do serviço do SAMU, e isso está acontecendo em várias cidades do País, por conta já dos impactos da chamada EC 95 [Emenda Constitucional], que já retirou esse ano cerca de 9 bilhões de reais do orçamento do Ministério da Saúde.
Portanto, são 100 dias sem nada para a Saúde, só notícias ruins, e uma demonstração muito clara que o presidente Bolsonaro está pouco se lixando para a saúde do povo brasileiro.
A métrica das preocupações do Bolsonaro é a quantidade de postagens no Twitter. Ele não fez nenhum tuíte nesses 100 dias para a saúde.
O único pronunciamento dele, em redes sociais sobre a área de saúde, foi querer ordenar que os pais e mães rasguem as páginas dedicadas a saúde do adolescente [Caderneta de Saúde da Adolescente, impressa pelo Ministério da Saúde para meninas de 10 a 19 anos].
Cem dias, sem nada para a saúde!
Edição: Cecília Figueiredo