O ex-presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, do partido Peruanos por el Kambio (PPK), foi detido na última quarta-feira (12). Ele cumprirá prisão preventiva temporária, por pelo menos 10 dias, como parte das investigações no caso Lava Jato, em que é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção em duas obras executadas no Peru pela Odebrecht.
Kuczynski é o quarto ex-presidente peruano investigado na operação. Os outros três ex-presidentes são Alejandro Toledo Manrique, Alan Garcia Pérez, e Ollanta Humala Tasso, que governaram o país entre 2001 e 2016, consecutivamente. Eles são acusados de receber propinas para a construção da Rodovia Interoceânica Sul, realizar transações ilegais e receber doações ilegais da empresa brasileira para campanha eleitoral.
:: Prisões, fugas e referendo anticorrupção: o que está acontecendo no Peru? ::
Pedro Pablo Kuczynski ocupou a presidência do país entre julho de 2016, quando ganhou as eleições contra Keiko Fujimori, e março de 2018, quando renunciou ao cargo devido às denúncias relacionadas à Odebrecht.
Em dezembro de 2017, a Odebrecht confirmou que pagou mais de 782 bilhões de dólares à consultora Westfield Capital, propriedade de Kuczynski, por assessorias realizadas entre 2004 e 2007. No mesmo mês, o Congresso do país votou a proposta de impeachment de Kuczynski, que saiu ileso.
No entanto, três meses depois, o pedido voltou ao Parlamento e o Partido Popular revelou vídeos no qual os aliados de Kuczynski tentavam comprar votos para evitar a destituição do presidente. Após a revelação das filmagens, o ex-presidente antecipou-se à votação e anunciou sua renúncia no dia 21 de março do ano passado.
*Com informações do Nodal.
Edição: Luiza Mançano