A Petrobras anunciou a alta média de R$ 0,07 no preço do litro de gasolina nas refinarias a partir desta terça-feira (30). É um aumento de 3,5%, o maior desde outubro do ano passado.
Além disso, o governo Bolsonaro confirmou a intenção de vender 13 refinarias da Petrobras, o que pode desestabilizar ainda mais os preços dos combustíveis, que variam segundo o mercado internacional, desde a gestão de Pedro Parente, em junho de 2016.
"A gente pode afirmar com certeza que os preços não cairão [com a privatização]. São preços regulados pelo dólar. A única forma de reduzir o preço é produzir nas nossas refinarias de forma máxima e o governo, que é o maior acionista da Petrobras, fazer uma política social com a gasolina, o diesel e o gás, que afeta a população como um todo", disse Gerson Castellano, diretor de comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
O preço da gasolina nas refinarias não inclui o valor do imposto e nem do lucro dos donos de postos de combustíveis, ou seja, para o consumidor final, o aumento deve ser ainda maior. A variação entre o menor e o maior preço nas refinarias, de acordo com a Petrobras, é de 16,4%.
Em Brasília, o novo valor é de R$ 2,105. Na refinaria de São Luís (MA), que apresentou o menor valor, o preço é de R$ 1,808 por litro. Em Ribeirão Preto (SP), é de R$ 2,061 por litro. Já na refinaria de Senador Canedo (GO), o valor está em R$ 2,101. E, em Uberaba (MG), R$ 2,095 o litro. O reajuste anunciado pela Petrobras para a gasolina é o maior dos últimos sete meses.
Nesta terça (30), os trabalhadores do setor de refino e exploração de petróleo estão fazendo uma jornada de luta nas portas de diversas refinarias do Brasil contra a venda das estatais.
Edição: Aline Carrijo