Desde a última segunda-feira (29), ativistas organizam protestos diários em frente ao Hotel Marriott, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, exigindo que seja cancelado o evento em que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL), seria homenageado como "Pessoa do Ano" pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos no dia 14 de maio. Empunhando cartazes com mensagens antifascistas em frente ao saguão de entrada, eles esperam constranger a direção do hotel e impedir a premiação.
As manifestações de 1º de maio, Dia do Trabalhador, incluíram uma parada em frente ao hotel para endossar a reivindicação dos ativistas.
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A cerimônia foi recusada pelo salão de eventos Cipriani Hall, em Wall Street, e pelo Museu da História Natural após pressão do prefeito nova-iorquino Bill de Blasio, que chamou Bolsonaro de "homem perigoso". Ambos os espaços disseram não concordar com "os objetivos declarados" do governo brasileiro.
Na última sexta-feira (26), o senador democrata Brad Hoylman, representante de Nova Iorque no Congresso, publicou uma carta para o hotel Marriott pedindo o cancelamento da homenagem ao presidente brasileiro.
A rede de hoteis Marriott foi fundada em 1927, é considerada a maior empresa hoteleira do mundo e tem como subsidiária a rede Ritz-Carlton.
Esta semana, a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times retiraram o apoio ao evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Edição: Daniel Giovanaz