Os metroviários do Distrito Federal entraram em greve por tempo indeterminado, nesta quinta-feira (2). A decisão pela paralisação ocorreu em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetro) realizada no dia 1º de maio – na qual 186 trabalhadores foram favoráveis à interrupção das atividades e 73 contrários. A entidade garantiu que, durante a greve, ao menos 30% dos funcionários continuarão na operação do Metrô, operando oito dos 24 trens que a companhia tem.
Durante a greve, o Metrô operará de segunda a sexta das 5h30 às 10h30 e das 16h30 às 21h30. Nos sábados, o horário matutino será o mesmo e, pela tarde, a operação ocorre das 14h30 às 19h30. Aos domingos não haverá circulação de trens. Em nota, o Metrô afirmou que a greve ocorre “apesar dos esforços do governo do Distrito federal em realizar um acordo que evitasse a paralisação, atendendo à solicitação do sindicato em manter o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2019, na íntegra, até 2020”.
A assembleia do SindMetro, realizada na quarta-feira (1º), se posicionou pela greve por rejeitar parte dos termos propostos pela Companhia do Metropolitana nas negociações do acordo coletivo da categoria. A empresa acatou a manutenção até 2020 do acordo que teve validade entre 2017 e 2019, mas não atendeu outras reivindicações.
Segundo a entidade sindical, diversos direitos e garantias propostos em 52 cláusulas apresentados pelos trabalhadores ficaram de fora da proposta da empresa. Além disso, o SindMetro argumenta que a Companhia tem desrespeitado desde 2015 pontos de acordos coletivos, e de sentenças judiciais deferidas em prol da categoria.
Um dos pontos principais das reivindicações dos metroviários é a contratação de servidores aprovados em concurso público e reajuste de 8,4% de acordo com o INPC, com caráter retroativo até 2015. Isso porque o acordo coletivo formulado naquele ano, ratificado pela Justiça do Trabalho, garantia o aumento, mas com a condição de que o Distrito Federal saísse de limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que ocorreu em outubro passado.
O Brasil de Fato tentou contato com o SindMetro para que as demandas dos trabalhadores fossem detalhadas, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Edição: Rodrigo Chagas