MOVIMENTO ESTUDANTIL

Estudantes da UEPB realizam assembleia estudantil para discutir problemas estruturais

Com dezenas de CA's envolvidos, assembléia construiu calendário de lutas

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Centros Acadêmicos - CA’s, professores e movimentos sociais estiveram presentes na Assembléia da UEPB
Centros Acadêmicos - CA’s, professores e movimentos sociais estiveram presentes na Assembléia da UEPB - Foto: Mônica Lourenço

Estudantes da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB - Campus I em Campina Grande - PB, realizaram, na manhã desta segunda-feira (13) uma Assembleia Estudantil reunindo diversos CA’s, professores e movimentos sociais que compõem uma articulação dos movimentos estudantis como o Levante Popular da Juventude, Movimento Correnteza e A União da Juventude Socialista. 
O encontro foi realizado na Central de Integração Acadêmica (CIAc) UEPB e , com o intuito de abranger o maior número de estudantes, a atividade conduziu discussões em torno de quatro principais pautas: a defesa da universidade pública e de qualidade como um direito humano e que deve ser garantido a toda a população; a Assistência Estudantil de suma importância para a permanência do estudantes no meio acadêmico; o Restaurante Universitário - RU que possui um custo alto, além de ser inacessível ao público estudantil; Greve Geral pela educação do dia 15 de maio de 2019.
Os alunos da UEPB colocaram em suas falas os inúmeros desafios estruturais que cada curso, com suas especificidades, enfrentam dentro da instituição, a exemplo de más condições na quadra esportiva e a piscina que impedem o processo de aprendizagem prática do curso de Educação Física em licenciatura; o laboratório de multimídia para o curso de Comunicação Social -  Jornalismo. De forma mais geral, foram destacados as inúmeras situações que põe o estudante em situações de desconforto como a falta de utensílios básicos no banheiro (papel higiênico), alimentação não acessível no Restaurante Universitário que atualmente custa um valor de R$ 8,00 por refeição, falta de equipamentos tecnológicos com projetor de imagem e ventiladores em sala de aula.
“Existem as demandas específicas de vocês, nós professores temos as nossas, os servidores técnicos têm as deles mas neste momento, nós temos um só propósito: É salvar a universidade, salvar o país, restituir nossos direitos, lutar para que não ocorra essa reforma da previdência e ocorra sim, a reforma da PRESIDÊNCIA", disse a professora Dilma Truvão.
Gabriel Lopes, estudante de História e membro do movimento Levante Popular da Juventude, realça que o plano de desmonte da educação pública não é um processo recente e que a PEC 241 (ou 55) já foi um início pois congelou os investimentos em saúde e educação por 20 anos. Coloco, ainda, que é importante a unificação de movimentos e instituições para defender o ensino superior e de qualidade tendo em vista que grande parte dos estudantes não têm condições de se manter na universidade e que para a conclusão do curso são necessárias as políticas estudantis; e ele conclui, dizendo: “E quando a gente se organiza como estudantes da universidade estadual contra um ataque que, de início afeta principalmente as instituições federais, a gente tem que ter noção de que a gente está aqui para defender a educação, porque esses ataques são diretamente na educação (...) e quando a gente vem falar de educação aqui na Universidade Estadual da Paraíba muitos dos nossos amigos e estudantes passam fome porque o RU não abre um edital, e quando abre, a maioria das pessoas que acessam têm condições de custear a alimentação, e isso é falar de educação. Nesta universidade não tem uma política de permanência.
Como encaminhamento da Plenária Estudantil, os estudantes colocaram a alteração no edital de seleção do Restaurante Universitário, bem como, a alteração dos critérios seletivos para os alunos acessarem esta política pública; Organizar uma assembleia estudantil para garantir a melhoria do RU e exigência no aumento de vagas ofertadas; A reforma da piscina e quadra esportiva para o curso de Educação Física; Encaminhamento de articulação para o Ato em prol da defesa da educação pública que está sendo organizado para o próximo dia 15 de maio - o ato terá uma concentração em frente a Universidade Federal de Campina Grande - UFCG e caminhará rumo ao centro da cidade junto ao Institutos Federal, UEPB e outras escolas secundaristas de Campina Grande. O ato, também, terá como mote mobilizador o contato com as comunidades, levando a produção acadêmica para a população numa linguagem acessível e clara para mostrar que a universidade é importante para todos(as). 

Edição: Cida Alves