A Greve Nacional da Educação acontece nesta quarta-feira (15), em protesto contra o corte de 30% no orçamento de 2019 das universidades e institutos federais realizado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Com servidores técnico-administrativos em Educação, professores, estudantes e diversos setores sociais em todo o Brasil aderindo ao movimento, o que se espera é uma mobilização histórica.
Convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Greve Nacional da Educação ganhou novos contornos nas últimas semanas. Em Porto Alegre (RS), mais de 40 representantes de entidades das redes pública e privada de educação, centrais e sindicatos, comunidade acadêmica, grêmios estudantis, secundaristas e sociedade civil uniram-se para construir a manifestação.
A concentração será a partir das 13h30, em Frente à Faced (Quarteirão da Reitoria da UFRGS), seguida de um abraço à Faculdade de Educação da UFRGS e ao Instituto Estadual de Educação General Flores da Cunha. A manifestação segue em caminhada até a UFSCPA, ao Campus Porto Alegre do IFRS e ao INSS, com panfletagem para a população sobre os cortes na educação e as consequências negativas da reforma da Previdência. De lá, segue para a Esquina Democrática, onde se encontram com estudantes da UFRGS, que definiram mobilização para as 18h.
Contra o desmonte da educação e da Previdência
Para além da suspensão de verba anunciada por Arnaldo Barbosa Lima Júnior, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), de acordo com as categorias, o governo de Jair Bolsonaro promove uma perseguição ideológica contra disciplinas das ciências humanas que fomentam a elaboração de senso crítico dentro das escolas e universidades.
A Greve Geral da Educação também protesta contra o projeto de reforma da Previdência, que se for aprovado no Congresso Nacional, faz dos professores e professoras uma das categorias mais penalizadas. O ato desta quarta-feira servirá de "esquenta" para a greve geral marcada para o dia 14 junho contra a reforma proposta por Bolsonaro.
As mulheres terão de trabalhar pelo menos mais 10 anos e os homens mais 5 anos para alcançar a idade mínima de 60 anos para requerer a aposentadoria. A reforma também pretende unificar em 30 anos o tempo mínimo de contribuição para ambos os sexos. E mesmo trabalhando durante 30 anos, os professores e professoras receberiam apenas 80% do salário-benefício. Para receber o valor integral, eles teriam de contribuir por 40 anos.
Agenda da atividade em Porto Alegre
13h30 – Concentração em Frente à Faced (Quarteirão da Reitoria da UFRGS). Após a concentração, temos uma sequência programada de ações:
1) Abraço à Faculdade de Educação da UFRGS
2) Abraço ao IE – Instituto Estadual de Educação General Flores da Cunha (Av. Osvaldo Aranha, 527)
3) Caminha com panfletagem até o centro de Porto Alegre, passando pelos campi centro da UFRGS, UFCSPA e IFRS PoA (R. Cel. Vicente, 281).
4) Ato em frente ao INSS no Centro (Tv. Mário Cinco Paus, 20, esquina com a Uruguai).
Confira a programação em todo o Rio Grande do Sul
Cerro Largo: Pela manhã, a partir das 9h, debate/aula publica no bloco bloco A da UFFS. Às 13h45 concentração na UFFS, seguida de caminhada até a praça central, quando haverá um ato público.
Cruz Alta: Ato unificado às 9h, na Praça da Matriz. Plenária às 14h na Casa de Cultura.
Rio Grande: Concentração às 15h no Largo Dr. Pio. Às 17h30, saída em caminhada até o Instituto Juvenal Müller, seguida de caminhada luminosa pela Silva Pires.
Santa Cruz Do Sul: Concentração às 9h, na praça em frente à Lothar Krause.
Santa Maria: Audiência pública, às 18h30, no plenário da Câmara Municipal de Vereadores em Defesa da Universidade Federal de Santa Maria.
Santa Rosa: Aula pública às 8h30 em frente ao Ministério Público (Rua Buenos Aires), seguida de ato.
Osório: Concentração, às 13h, no Largo dos Estudantes, seguida de aula pública.
Pelotas: Concentração às 14h no Mercado Público. Ato com participação do movimento estudantil, movimento sindical e partidos. Paralisação dos servidores e professores da Ufpel e Ifsul. Às 16h30 caminhada até a Ifsul.
* Com informações da CUT-RS, CPERS, Sinpro/RS, Assufrgs
Edição: Marcelo Ferreira (RS)