A empresa norte-americana de tecnologia Google, cujo sistema operacional Android está instalado em grande parte dos smartphones do mundo, anunciou nesta segunda-feira (20) que irá cortar relações com a Huawei, gigante chinesa das telecomunicações.
A medida foi anunciada em meio à guerra comercial entre os Estados Unidos e China e foi tomada após o presidente estadunidense, Donald Trump, incluir a Huawei em uma “lista negra” do governo dos EUA.
Com a decisão, a empresa chinesa ficou impedida de vender seus produtos nos Estados Unidos e de adquirir componentes ou negociar com companhias norte-americanas sem uma autorização governamental. A medida também atinge as subsidiárias da Huawei, impossibilitando totalmente negócios entre a companhia e os EUA.
Com o rompimento, celulares Huawei perderão a licença para fazer atualizações do sistema operacional Android. O bloqueio afetará serviços como o Google Maps, Play Store, Gmail e Youtube.
Em resposta ao anúncio, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, afirmou que o país apoia suas empresas, inclusive “por vias legais para defender seus direitos legítimos”.
A Huawei também se pronunciou sobre a medida da Google. A empresa afirmou que continuará “fornecendo as atualizações de segurança e os serviços pós-venda a todos os smartphones e tablets Huawei e Honor, tanto no mercado chinês quanto globalmente”.
Ainda segundo a empresa, “a Huawei deu uma contribuição substancial ao desenvolvimento e ao crescimento do Android em todo o mundo. Como um dos principais parceiros globais do Android, trabalhamos de maneira estreita com sua plataforma open source para desenvolver um ecossistema que trouxe benefícios tanto para os usuários quanto para a indústria. Continuaremos construindo um ecossistema de software seguro e sustentável".
Em nota, o porta-voz do Google afirmou que a empresa irá “avaliar as repercussões”. A companhia também garantiu que alguns serviços continuarão funcionando.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, além do Google, companhias como Intel, Qualcomm e Broadcom também podem se desligar da Huawei.
(*) Com Ansa
Edição: Aline Carrijo