Nem Queiroz e muito menos o mandante do assassinato de Marielle Franco. Está detido o líder da “gangue da mostarda”.
A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro anunciou que, depois de muito tempo, finalmente conseguiu prender um dos mais procurados e perigosos contraventores do estado. Caso você tenha pensado em Fabrício Queiroz, aquele, ou o mandante do assassinato de Marielle Franco, está equivocado.
Eram 11 horas da manhã, vento forte na praia de Copacabana e nas esquinas da avenida Atlântica e rua Prado Júnior, uma operação da PM culminou na prisão do audacioso engraxate Douglas Costa Leal, de 42 anos. Em sua cueca, ele tinha – leiam com atenção – seis sachês de mostarda. Com seu caixote de madeira em uma mão e a mochila na outra, o belicoso e gastronômico contraventor não esboçou reação diante dos bravos agentes.
Leal, impiedoso com suas vítimas, é acusado de espirrar mostarda no sapato de transeuntes de Copacabana e Leblon para, em seguida, oferecer seus serviços de engraxate. Tamanha violência não passou impune aos atentos olhos da polícia fluminense.
Queiroz segue foragido. O mandante do assassinato de Marielle segue anônimo. Porém, a PM do Rio de Janeiro conseguiu prender o líder da “gangue da mostarda”. A exitosa operação policial foi premiada com um longo texto no site do jornal Extra, que não deixou na sombra da história o nome dos dois valentes agentes que conseguiram captar o gastronômico contraventor. Valdeir Silva e Mauro Araújo, ambos lotados no 19º Batalhão da Polícia Militar.
O serviço de inteligência das polícias Civil e Militar trabalhavam no caso há dois anos. Após a prisão de Douglas, que aparentemente não tem vizinho miliciano, visto que segue detido, a delegada Valéria Aragão, da 12ª DP, com sede em Copacabana, alertou os moradores da região.
“Se você for abordado por um homem se oferecendo para limpar seus sapatos ou se perceber que o calçado está sujo de mostarda, procure imediatamente ajuda de um guarda municipal ou um policial militar. Parece uma atitude honesta, mas você pode estar sendo vítima de um golpe”, acautelou a apreensiva delegada.
* Igor Carvalho é jornalista do Brasil de Fato.
Edição: Daniel Giovanaz