O senador estadunidense e um dos pré-candidatos presidenciais do país pelo Partido Democratas, Bernie Sanders, participou nessa quarta-feira (07) da reunião anual de acionistas da rede varejista Walmart, realizada no estado de Arkansas.
Na ocasião, o senador confrontou os acionistas da empresa e criticou os “salários de fome” e a extrema disparidade entre os lucros da empresa e as condições trabalhistas de seus funcionários.
“O Walmart é o maior empregador privado dos Estados Unidos, de propriedade da família Walton, a mais rica do país, com um patrimônio de aproximadamente 175 bilhões de dólares. No entanto, apesar da inacreditável riqueza de seus proprietários, o Walmart paga a seus funcionários salários de fome, tão baixos que muitos de seus empregados são obrigados a recorrer a programas governamentais para sobreviver”, criticou Sanders.
Durante a reunião, ele também apresentou uma proposta de aumento de salários e de inclusão dos trabalhadores na junta diretiva da empresa. Segundo o portal Democracy Now!, a resolução foi imediatamente rejeitada pela vice-diretora executiva de governança da varejista, Rachel Brand.
No começo de 2018, o Walmart anunciou o aumento do salário de seus funcionários, de US$ 9 para US$ 11 dólares por hora, o menor salário se comparado com o de seus concorrentes no país, como a Amazon (US$ 15/hora). O valor mínimo atual, segundo a legislação federal dos EUA, está fixado em US$ 7,25 por hora.
A proposta apresentada por Bernie Sanders durante a reunião anual dos acionistas do Walmart tem como base seu projeto de lei Stop Walmart Act, apresentado em novembro do ano passado, que busca regulamentar o valor mínimo pago aos funcionários da empresa em pelo menos US$ 15 dólares por hora.
No primeiro trimestre de 2018, a varejista do mundo anunciou que obteve um lucro de US$ 3,8 bilhões, um aumento de 80% em comparação com o mesmo período em 2017.
Edição: Luiza Mançano