O ministro da Justiça Sérgio Moro abandonou uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (10) em Manaus (AM) após ser questionado sobre os vazamentos de conversas em que ele o procurador Deltan Dallagnol aparecem combinando estratégias que levassem à condenação do ex-presidente Lula, mesmo sem provas, e o impedisse de concorrer nas eleições de 2018.
“O que houve foi uma ação criminosa de invasão de celulares de procuradores. O diálogo entre juiz, polícia e procuradores é absolutamente normal. Não há crime nisso. Agora, eu não vim ao Amazonas para falar disso”, disse. Em seguida,m segundo o site do jornal A Crítica, Moro se retirou da coletiva.
Moro foi a manaus participar da abertura da reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), que ocorreu num hotel da capital amazonense.
Ele já havia evitado a imprensa na sua chegada à cerimônia de abertura da reunião. Jornalistas de veículos locais e nacionais o aguardavam na entrada do hotel, mas ele entrou por uma porta lateral e evitou dar entrevistas. No discurso que abriu o Consej, Moro também ignorou a polêmica e tratou, de maneira breve, apenas do sistema penitenciário.
Na sua breve participação, o ministro tratou as mortes como "incidente trágico" e procurou eximir tanto o governo federal como o estadual de responsabilidades.
Edição: João Paulo Soares