Em dia de Greve Geral nacional contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o clima no Terminal Jabaquara - que congrega ônibus comuns, intermunicipais e a estação final da linha azul do metrô - é de confusão e anormalidade.
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Parados em frente aos portões fechados da estação de metrô, muitos passageiros se viram impedidos de chegar ao trabalho e se perguntavam se haveria normalização das atividades na linha.
O tráfego de ônibus e carros é intenso na Avenida Armando de Arruda Pereira, principal via na região da estação. Com o fechamento do metrô, muitos passageiros decidiram recorrer aos ônibus, o que parece ter sobrecarregado o sistema.
Segundo um fiscal de linha, os carros das operadoras de ônibus ViaSul, Via Grajaú, A2 Transportes e Mobi Brasil ficaram nas garagens até seis da manhã, quando governo e sindicato chegaram a um acordo para a retomada das operações. Para motoristas e cobradores, portanto, a greve geral do dia de hoje durou apenas 6 horas.
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Aqueles que trabalham no comércio das estações - desde os barraqueiros que vendem café e salgados até funcionários de franquias - relatam que, mesmo com o fato de os passageiros terem se aglomerado em frente aos portões e nos pontos de ônibus, as vendas diminuíram bastante.
"Meu cliente é a pessoa que passa e vai até o metrô. Aqui, com a muvuca, as pessoas estão angustiadas. Por isso o movimento está fraco", contou um vendedor de tapiocas.
No geral, o sentimento é de ansiedade em relação ao travamento das vias e fechamento do metrô, mas o apoio à mobilização é quase unânime entre aqueles ouvidos pela reportagem.
A reforma da previdência, principal motivo da greve de hoje, é vista como um jeito de aprofundar a exploração de quem tem sofrido com a recessão e a pauperização, fazendo com que os trabalhadores paguem por uma crise da qual já são as principais vítimas.
Por isso, mesmo levando em conta os transtornos causados, a movimentação é vista com bons olhos.
Edição: Rodrigo Chagas