Os profissionais da educação de todo o país deverão paralisar as atividades em 13 de agosto contra os retrocessos das políticas do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Entre elas, a reforma da Previdência, os cortes orçamentários no setor e os ataques à democracia. A agenda é uma das deliberações da 9ª Conferência Nacional de Educação Paulo Freire – Educação Libertária e Democrática: construindo o movimento pedagógico Latino-Americano, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
No evento foi lançado um manifesto que entre outros itens defende a aprovação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), só que agora permanente. Essa política é capaz de promover o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os estudantes na educação básica, com mais recursos e melhor distribuição das verbas através do Custo Aluno Qualidade (CAQ) e da garantia de piso salarial e diretrizes nacionais de carreira para todos os profissionais da educação (professores, especialistas e funcionários).
A luta pela permanência do Fundeb é devido ao fato do atual programa estar previsto para funcionar somente até 2020. Rômulo Arnoud, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), afirma que a demora em implantar o projeto pode gerar uma crise nacional nas escolas em todo o país. “A nossa intenção é que o projeto seja aprovado como emenda constitucional para dar mais garantia e segurança nos investimentos na educação básica” declara Rômulo.
Edição: Isadora Morena