Em um ano, o governo de Donald Trump separou mais de 900 crianças de seus pais na fronteira entre os Estados e o México. Em junho de 2018, um juiz federal de San Diego ordenou que a prática fosse suspensa após imagens das milhares de famílias separadas chocarem o país.
Os dados foram levantados pela União Estadunidense pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês). Segundo a organização, o governo federal está abusando do uso do critério que determina que um pai não seja apto para a custódia de seus filhos.
“Este problema chegou à um ponto crítico”, disse Lee Gelernt, advogado da ACLU. “Centenas de crianças e bebês estão sendo irreparavelmente prejudicados porque seus pais cometeram um delito menor no passado, como uma infração de trânsito”, continua.
A organização contabilizou 911 crianças separadas, sendo 678 de pais que já passaram por investigações criminais. Outras razões foram listadas, como “falta de verificação do laço familiar, afiliação à gangues e preocupação com a segurança das crianças”.
De cada cinco crianças separadas, uma tem menos de cinco anos. A administração Trump tem buscado lugares nos estados da Flórida, Virgínia e Califórnia para construção de unidades de atendimento a menores desacompanhados.
O maior centro de acolhida para crianças migrantes fica na Flórida. Defensores de direitos de imigrantes dizem que o local tem condições “análogas à prisão”.
*Com informações do Democracy Now! e do The Guardian
Edição: Pedro Ribeiro Nogueira