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Congresso sai em defesa de Lula; plenário do STF decide sobre transferência

Parlamentares de quase todos os partidos condenaram perseguição judicial contra ex-presidente e pedir solução ao STF

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Manifestações começaram no plenário e foram até o STF
Manifestações começaram no plenário e foram até o STF - Lula Marques

A decisão ilegal de transferir o ex-presidente Lula para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, mobilizou nesta quarta-feira (7) parlamentares de praticamente todos os partidos no Congresso Nacional, incluindo o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) – que pediu uma audiência com o presidente do STF, Dias Toffoli, no sentido de reverter a determinação.

Compareceram à audiência cerce e 60 parlamentares, entre deputados e senadores, de partidos de esquerda, centro e direita, inclusive da base do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Por volta das 16h30 eles saíram da reunião com Toffoli informando que o presidente do Tribunal deve decidir ainda hoje o que fazer. Na sequência, Toffoli anunciou que levaria o caso para o plenário da corte decidir, ainda nesta tarde. 

Perseguição

As manifestações contrárias à decisão da juíza Carolina Lebbos, que cuida da execução da pena de Lula em Curitiba, começaram assim que a notícia chegou ao plenário da Câmara.

“Apesar de nunca ter votado nele, acho que é um ex-chefe de Estado e merecia um outro tratamento”, afirmou o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) durante debate no plenário, classificando a transferência de “perseguição à toa”.

Maia, que presidia a sessão, respondeu, concordando. “Tem toda razão, deputado”, afirmou ele, colocando-se à disposição para que o direito do ex-presidente fosse garantido.

“Eu acho que já estava lá há bastante tempo para fazer uma mudança sem estar organizado. Se fosse mudar para São Paulo se organizasse um lugar em São Paulo que pudesse dar as mesmas garantias, condições”, disse Maia a jornalistas.

José Nelto (GO), líder do Podemos, também qualificou a decisão da juíza de perseguição.

“O que a Justiça fez hoje, eu quero aqui condenar publicamente. Não se justifica retirar o ex-presidente Lula de Curitiba e levar para Tremembé. Isso é humilhação, esta juíza deveria repensar os seus atos. Perseguição eu não aceito com ninguém, seja de direita ou de esquerda”.

Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) qualificou a decisão judicial de “verdadeiro absurdo”.

Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, classificou a transferência como “resposta da Lava Jato a um agravamento das denúncias que têm sido divulgadas, como as que foram nas últimas 48 horas sobre a ação ilegal que buscava atingir ministros da Suprema Corte, e hoje demonstrando inclusive vínculos com o próprio Poder Legislativo”.

Edição: João Paulo Soares