A Justiça do Equador determinou nesta quinta-feira (8) a prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa por suposto envolvimento em caso de suborno, que teria sido orquestrado com membros do seu governo para concessão de contratos com o Estado.
A juíza Daniella Camacho solicitou que a medida cautelar ratificasse o pedido feito na quarta-feira (7) pela procuradora-geral do Estado, Diana Salazar, que investiga um suposto esquema de corrupção no qual mais três ex-integrantes do Executivo de Correa (2007-2017) estão supostamente envolvidos, aos quais também aplicou a mesma medida de coação.
No caso do ex-presidente, Camacho considerou que a prisão preventiva é apropriada, devido à impossibilidade de emitir outras medidas que garantam a sua presença nos tribunais, já que Correa reside na Bélgica desde que deixou o poder em maio de 2017.
"Farsa"
Em entrevista à emissora RT, o ex-presidente qualificou o pedido de prisão como uma "farsa" e afirmou que a Justiça equatoriana não tem provas da acusação.
"A guerra judicial, ou a judicialização da política, é a tática da direita e constitui o método emprega contra Lula e Cristina [Kirchner] para tratar de eliminar os líderes progressistas que não podem vencer nas urnas", disse.
Correa ainda garantiu que tem todos os documentos que provam sua inocência que seus advogados "vão apelar". "Verão que tudo não passa de uma perseguição", disse.
"O que eles estão fazendo é queimar todas as etapas de apelação para ir a níveis internacionais onde pedem absolutamente tudo. A reputação da Justiça equatoriana está no chão", afirmou.
(*) Com Agência Brasil
Edição: Opera Mundi