Historicamente, a juventude ousa sonhar com um mundo onde as desigualdades sejam suprimidas pelo acesso universal à educação. Durante os governos do ex-Presidente Lula e da ex-Presidenta Dilma Rousseff, o Brasil passou por uma experiência de evolução na política educacional do país. O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) do Governo Lula foi responsável pela criação de inúmeras vagas em universidades públicas e de políticas de permanência e assistência estudantil. Apesar disso, somente 19% da juventude consegue ingressar no ensino superior atualmente.
Em 2016, com o golpe que destituiu a Presidenta Dilma, teve início um movimento de retrocessos na realidade da política de educação. No Governo de Jair Bolsonaro, a ameaça à educação é cada vez mais latente, pois aos cortes de mais de R$5 Bilhões do Ministério da Educação, se soma a Reforma da Previdência, que caminha para votação no Senado. Em 7 meses de governo, nenhum avanço concreto foi constatado. Pelo contrário, o presidente insiste no obscurantismo, nos depoimentos de apologia à tortura, continua fugindo das entrevistas e insistindo em retirar direitos do povo brasileiro na calada da noite por meio de decretos.
O mais novo elemento do ministro da Educação Abraham Weintraub, é o Projeto de Lei do Future-se, que veio logo em seguida aos novos anúncios dos cortes no orçamento da Educação. O Future-se é um projeto de privatização do ensino superior no Brasil. Significa dizer que a gestão e autonomia das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) estarão nas mãos das grandes empresas do setor financeiro e produtivo do nosso país.
Grande parte da juventude brasileira tomou conhecimento do Future-se em meio ao histórico 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune). que acontecia ao lado da esplanada dos Ministérios, em Brasília. Com descontentamento, a UNE e as demais entidades educacionais do país se debruçaram sobre projeto de lei de desmonte da educação pública de qualidade. Sendo assim, durante o Conune, a UNE, junto à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocaram atos de mobilização para o último dia 13 de Agosto. A ideia é persistir por novos dias, em que a educação seja reconhecida como ferramenta de desenvolvimento e não de lucro, porque o futuro da juventude é agora.
Edição: Marcos Barbosa