O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, neste domingo (25), que os países do G7 concordaram em “ajudar os países atingidos” pelos incêndios da Amazônia “o mais rápido possível”.
A cúpula do grupo das sete maiores economias do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, acontece na cidade francesa de Biarritz até segunda-feira (26) e incluiu a “emergência climática” como uma das pautas do encontro.
Macron convocou uma reunião urgente durante a cúpula do G7 para discutir a onda de incêndios na região amazônica na última semana, depois que o assunto ganhou as manchetes do mundo e provocou comoção internacional.
O presidente francês afirmou que “há uma convergência real” para ajudar as áreas afetadas pelos incêndios e defendeu, “respeitando a soberania” dos países da região, o “objetivo de reflorestamento” da Amazônia, que chamou de “nosso bem comum”.
Macron afirmou que está em contato com todos os países da região para firmar compromissos concretos e disponibilizar recursos técnicos e financeiros, lembrando que a Guiana Francesa também está na Amazônia.
Crise internacional
Durante a semana, Macron havia afirmado que os incêndios da Amazônia representam uma “crise internacional” e acusou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de ter mentido ao assumir os compromissos em defesa do meio ambiente na última cúpula do G20.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, chegou a afirmar, no sábado (24), que seria “pouco provável” ratificar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul enquanto a Amazônia estiver sofrendo com as queimadas.
Após as críticas de Macron à condução do governo brasileiro sobre a crise ambiental na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas que estuda convocar para consultas o embaixador brasileiro na França, Luís Fernando Serra. Na diplomacia, o gesto é normalmente utilizado para expressar incômodo ou desconforto com um país estrangeiro.
No sábado (24), Reino Unido, Alemanha e Espanha criticaram Macron e defenderam o acordo entre a UE e o Mercosul. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se posicionou em apoio a Bolsonaro.
*Com informações da Folha de S. Paulo, do G1 e do Opera Mundi
Edição: Aline Scátola