Uma série de organizações voltadas para o tema da produção agrícola sustentável realizam nesta terça-feira (3) o seminário “Terra e Territórios: alimentação saudável e redução de agrotóxicos” na Câmara dos Deputados.
A culinarista Bela Gil participa dos debates e declarou que o compartilhamento de experiências de produção agroecológica mostra a viabilidade de alternativas aos modelos tradicionais.
“Esse seminário é importante para mostrar que agroecologia é uma forma de resistência. Mas também para mostrar que não estamos só resistindo, estamos produzindo. É um grande mito que precisamos da monocultura para alimentarmos o mundo”, afirmou.
Na ocasião, também foi lançada a Frente Parlamentar da Agroecologia e da Produção Orgânica. O deputado Nilto Tatto (PT-SP) explica que o encontro traz para dentro do Congresso o debate sobre um tema que afeta todos brasileiros e que tem sido marcado por retrocessos, com “cada vez mais veneno em nossas mesas”.
“Esse seminário congrega várias movimentos do campo, das florestas e das águas. Movimentos em torno da agroecologia. Pesquisadores”, diz.
João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), apontou que o seminário marca a aliança entre setores da sociedade e parlamentares sensíveis ao tema, apontando como tarefa a necessidade de investimentos para o financiamento de pesquisas e da própria produção agrícola sem agrotóxicos.
Ele vê a agroecologia como um modelo fundado “em primeiro lugar, na valorização da vida e não do lucro”. “É fazer a defesa de um novo modelo agrícola, baseado na democratização da terra, na transição para a agroecologia”, resume.
Edição: João Paulo Soares