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Delegado cotado por Bolsonaro para assumir PF já respondeu processo por tortura

Anderson Gustavo Torres é atualmente secretário de Segurança Pública do Distrito Federal

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Jair Bolsonaro (PSL) durante encontro com o Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Gustavo Torres
Jair Bolsonaro (PSL) durante encontro com o Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Gustavo Torres - Foto: Carolina Antunes/PR

O delegado federal Anderson Gustavo Torres está cotado para assumir o comando da Polícia Federal, segundo o presidente Jair Bolsonaro (PSL), para "dar uma arejada" na instituição. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro não negou que Torres seria favorito ao cargo, caso resolva substituir o atual diretor-geral Mauricio Valeixo.

Torres foi assessor do ex-deputado Fernando Francischini (Solideriedade) e atualmente é secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Entre 2007 e 2018, ele respondeu a processo por tortura. O delegado acabou absolvido por falta de provas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Torres e uma equipe de policiais teriam sequestrado à luz do dia e diante de testemunhas a dois suspeitos de terem furtado a casa de policiais federais. Os suspeitos teriam sido torturados.

Investigações posteriores da Polícia Militar do DF mostraram que as pessoas presas pelos policiais federais não tinham relação com o roubo. A PM deteve outros dois homens pelo crime.

Sobre Torres, recai também a acusação de ter aberto uma investigação paralela sobre o caso, mesmo quando a competência seria da Polícia Civil e não da federal.

Edição: Rodrigo Chagas