Estudantes e trabalhadores voltaram às ruas neste 7 de setembro em defesa da soberania nacional, contra a destruição da Amazônia e os retrocessos na educação pública. As manifestações contra o programa "Future-se" e os cortes nas universidades federais se somaram ao tradicional "Grito dos Excluídos" em mais uma jornada nacional de protestos contra o governo Bolsonaro (PSL).
Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), a ideia é manifestar “luto” em relação às políticas e os discursos do capitão reformado sem abandonar as cores da bandeira nacional.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou esta semana que, em 2020, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) só terá metade do orçamento de 2019. Na proposta de orçamento para o ano que vem, a perda prevista para a pasta é de 9%. Este ano, a Capes cortou 11 mil bolsas de pesquisa. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por sua vez, suspendeu a concessão de novas bolsas e não tem orçamento garantido para pagar as atuais a partir deste mês. Os dois órgãos são os principais fomentos à pesquisa no ensino superior.
A crise na Amazônia também parece não ter fim. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia teve mais chuvas, mais queimadas e mais alertas de desmatamento entre janeiro e agosto em 2019 do que nos últimos três anos. Em paralelo, o governo entrega empresas públicas à iniciativa privada, aprofundando a crise e comprometendo o desenvolvimento do país.
Acompanhe pelo Brasil de Fato as mobilizações que ocorreram em todos os estados neste sábado.