O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou pelo Twitter no começo da tarde desta terça-feira (10) que demitiu o assessor de Segurança Nacional, John Bolton. Trump não explicou o motivo da decisão.
“Informei John Bolton na noite passada que os serviços dele não eram mais necessários na Casa Branca. Discordei fortemente de muitas de suas sugestões, assim como outros no governo, e, por isso, pedi a John sua renúncia, que foi me entregue nesta manhã. Agradeço muito a John por seu serviço. Nomearei um novo assessor de Segurança Nacional na semana que vem”, escreveu Trump.
Segundo o jornal New York Times, a saída de Bolton vem em meio a tentativas do presidente norte-americano de buscar "aberturas diplomáticas" com a Coreia do Norte e o Irã, dois países que a administração Trump entrou em conflito ao longo do mandato.
Ex-secretário de Estado e ex-embaixador dos EUA na ONU durante o mandato de George W. Bush, Bolton foi responsável por diversas políticas hostis com relação ao Oriente Médio e a América Latina durante o governo Trump.
Bolton foi responsável por interromper diversas medidas de aproximação diplomática entre EUA e Cuba, implementadas na gestão do ex-presidente Barack Obama. Durante sua administração, o governo norte-americano ainda ativou o título III da lei Helms-Burton, endurecendo o bloqueio contra Cuba e a tentativa de asfixiar a economia cubana.
A intervenção do assessor na América Latina também foi flagrante na Venezuela, quando Bolton empenhou seus esforços no apoio ao deputado de direita Juan Guaidó e o plano golpista de sua autoproclamação como presidente interino do país.
Ainda de acordo com o New York Times, Trump ficou "desencantado" com as falhas de Bolton na derrubada do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Parte da oposição venezuelana, apoiada por Washington, realizou diversas tentativas de agitação para corromper militares do Exército venezuelano e incitar um golpe de Estado contra Maduro, todas fracassadas.
Edição: Opera Mundi