As inúmeras ameaças do governo Bolsonaro contra as empresas estatais têm trazido uma série de mobilizações a nível nacional entre os trabalhadores. Os Correios, uma das estatais mais antigas do Brasil é um dos principais alvos do desmonte da funcionalidade pública do Brasil. Nesse sentido, o O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (SINTECT-RN) aderiu à Greve Nacional do dia 11 de Setembro contra a privatização e em defesa do Acordo Coletivo do Trabalho (2019/2020).
Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos estão em greve desde as primeiras horas da manhã da última quarta-feira (11). No Rio Grande do Norte, mais da metade das agências espalhadas em todo o estado aderiram ao movimento. O SINTECT-RN promoveu outra atividade durante essa quinta-feira (12) na central dos Correios, no Bairro da Ribeira. A ação teve o objetivo de dialogar com a população durante caminhada, para ressaltar a importância da empresa pública.
Segundo Shampoo, presidente do Sintect-RN, essa greve será a maior da categoria na história dos últimos governos. Além disso, "os Correios é a primeira estatal que está enfrentando o governo adverso. A Greve está forte nos grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília'', declarou o presidente. Por fim, ele complementou que a paralisação é "pela garantia do nosso emprego, para defender uma empresa nossa e 100% pública", disse.
Já o Sindicato dos Bancários do RN está, desde o dia 03, em movimento grevista na agência Santander da avenida Campos Sales, em Natal. A razão é que a empresa realizou reforma no estabelecimento e retirou os caixas humanos, a porta giratória e os seguranças. Além da perda de dois postos de trabalho, o sindicato contesta a falta de segurança para os usuários, já que o espaço é sabidamente de alta movimentação financeira.
Na bancários organizaram um piquete na agência e não estão permitindo o seu funcionamento. A gerência do banco por duas vezes, na quarta (11) e quinta-feira (12) convocou a polícia para garantir a abertura da agência, gerando momentos de tensão. Na manhã de hoje, o deputado Sandro Pimentel (Psol) participou de um momento de negociação com as forças policiais e uma mesa de negociação com o Santander foi montada.
Segundo Alexandre Marcos Cândido, da direção dos Bancários, o movimento grevista não para até o retorno dos seguranças. O sindicalista destaca que com essa nova política de segurança a empresa está infringindo lei municipal de Sandro Pimentel, promulgada quando ele era vereador, que obriga os estabelecimentos financeiros de Natal a possuírem segurança 24 horas.
O Santander alega que criou um sistema de segurança inteligente a partir das câmeras filmadoras. O banco entrou na justiça contra o movimento grevista, mas os juízes de primeira e segunda instância deram causa favorável ao sindicato e o caso deve ir ao Supremo
Edição: Isadora Morena
