O distrito de Alter do Chão, em Santarém, no Pará, é conhecido por suas belas praias, o que lhe rendeu o título de Caribe do Brasil. Porém, no último domingo (15), o local que fica no oeste do estado foi tomado por um incêndio, que se iniciou na localidade vizinha, a de Ponta de Pedra. Ainda que o fogo tenha sido controlado em Alter, segue queimando no outro distrito.
De acordo com o governo do Pará, 227 pessoas estão trabalhando no combate às chamas, entre brigadistas voluntários, policiais, bombeiros e militares do exército.
Nesta segunda-feira (16), a polícia civil, por meio da Delegacia de Conflitos Agrários de Santarém (Deca), instaurou inquérito para investigar se o incêndio foi provocado, além de outras circunstâncias que envolvam crimes ambientais. Onde ocorre o incêndio é uma Área de Proteção Ambiental de responsabilidade da União.
Segundo informações preliminares, o primeiro foco de incêndio teria começado na noite de sábado em Ponta de Pedra. Depois, teria se alastrado em direção a Alter do Chão. Segundo o delegado Fábio Amaral, a vegetação local estava muito seca, que com as fortes temperaturas do verão amazônico aliadas ao intenso calor e fortes ventos ajudaram na propagação das chamas.
Cinco unidades policiais estão investigando o incêndio na região. O delegado Jamil Casseb, titular da Superintendência da Polícia Civil do Baixo Amazonas, reuniu nesta segunda as equipes que farão parte do trabalho investigativo.
Segundo declaração do deputado federal Antônio Faleiro (PT-PA), em seu Twiter, a população relatou que o som emitido pelos animais durante o incêndio era desesperador. “O povo de Alter do Chão ficou arrasado com as cenas que viram e com os sons dos animais desesperados vindo das áreas de queimada”, disse.
O governador Helder Barbalho (MDB-PA) requisitou ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o apoio da Força Nacional. O 4° Grupamento Militar, que atua na área, identificou três focos de incêndio no local.
Edição: Rodrigo Chagas