Movimentos populares, sindicatos, frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, Comitê Nacional Lula Livre e sociedade civil se reúnem neste domingo (13) em apoio à decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de recusar a proposta de regime semiaberto. Em ato unificado programado para as 14h, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), manifestantes pedem justiça e reconhecimento da inocência do petista.
O ato tem presença confirmada de lideranças como a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), o ex-chanceler Celso Amorim (2003-2011) e o ex-candidato à presidência Fernando Haddad (PT), além de outras personalidades, de um boneco "Lula Gigante" e manifestações artísticas.
A denúncia da prisão política do ex-presidente é o mote dos manifestantes que também irão defender nas ruas os direitos da classe trabalhadora, a democracia e a soberania brasileira.
Pela lei, Lula já pode usufruir da progressão de pena, mas ele se recusa por entender que isso fere sua dignidade, já que foi condenado sem provas e exige que seja considerado inocente para sair da prisão, onde está desde abril de 2018.
“Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade”, afirmou Lula em carta apresentada pelos advogados após visita na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), no último dia 30.
Segundo o ex-presidente, o pedido da mudança de regime que partiu de um ofício enviado à Justiça pelas mãos de 15 procuradores da Lava Jato seria mais uma manobra da operação que o colocou no cárcere. Ele afirma que só pretende deixar a cadeia “com a inocência 100% comprovada”.
Segundo o ex-presidente, os procuradores deveriam se preocupar em “pedir desculpas ao Povo Brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família, pelo mal que fizeram à Democracia, à Justiça e ao País”.
Diversas arbitrariedades da força-tarefa da operação em conluio com o ex-juiz Sergio Moro foram reveladas pela série de reportagens “As mensagens secretas da Lava Jato”, do site The Intercept Brasil em parceria com outros veículos de mídia.
“Cabe agora à Suprema Corte corrigir o que está errado, para que haja Justiça independente e imparcial. Como é devido a todo cidadão. Tenho plena consciência das decisões que tomei neste processo e não descansarei enquanto a verdade e a justiça não voltarem a prevalecer”, finalizou Lula.