O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recebe na noite desta sexta-feira (18), em sessão solene na Câmara de Vereadores de São Paulo, a mais alta honraria oferecida pelo legislativo municipal a organizações, fundações e entidades que prestam relevantes serviços à população paulistana: a Salva de Prata.
A premiação vem em reconhecimento à defesa da reforma agrária, pauta histórica do MST, e da alimentação saudável, assim como por seu modelo de produção agroecológica. A proposta de concessão do prêmio, apresentada pelo vereador Jair Tatto (PT), foi aprovada na Câmara com 38 votos a favor, 8 contrários e duas abstenções.
“É só da luta concreta e direta do povo organizado que saem as conquistas. Por isso, nesses tempos tão difíceis, tão duros, nos quais a luta pela terra, por moradia e por direitos se faz tão necessária, ter uma premiação como essa é estendê-la para toda a classe trabalhadora”, afirmou Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST.
Veja abaixo algumas das premiações já recebidas pelo movimento em seus 35 anos de história:
Prêmio Itaú-Unicef Educação e Participação: em 1995, em reconhecimento ao programa educacional desempenhado em seus assentamentos.
Whitley Gold: um dos mais importantes prêmios ambientais do mundo, concedido em 2002, em reconhecimento ao trabalho inédito de conservação ambiental em assentamentos no Pontal do Paranapanema.
Prêmio Juliana Santili: Em 2003, na categoria “ampliação e conservação da agrobiodiversidade”, pela contribuição do MST à conservação da Mata Atlântica.
Prêmio Anual de Soberania Alimentar: Concedido em 2011 epla Coalizão Comunidade Soberania Alimentar (CFSC). A entrega aconteceu durante a 15ª Conferência Nacional da CFSC, na Califórnia, Estados Unidos.
Prêmio Guernica: Em 2013, o MST foi agraciado pelo Prêmio Guernica para a Paz e Reconciliação. O comitê de jurados considerou o movimento é uma organização de luta pela paz e pela Reforma Agrária no Brasil. A premiação ocorreu em Guernica, na Espanha.
Chapin Awards: Concedido pela organização estadunidense WhyHunger em 2016.
Edição: João Paulo Soares